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Sinceramente. Não temo a forte França, temo nosso burrocrático (sic) quadrado. Ele despovoa o meio-de-campo, emperra a ação ofensiva, expõe a defesa. Feio, frio; um flagelo. Que fazer? Fácil: Robinho (Juninho) no quarteto, quadrado na cadeia. O time do povo é melhor que o do Parreira. Pego Portugal e dou empate, pá!

A Itália sobrou na turma. E será imenso obstáculo aos alemães. Que não têm tão bons jogadores do meio-de-campo pra frente quanto a Azurra, sempre sólida na defesa sob o comando do Canavarro, melhor beque da Copa. Não espalhe, sou mais Itália.

Espertíssimo o grandalhão Toni. Sempre por ali, sonso, atrás das linhas inimigas, que de olho na bola relaxam a guarda. Pronto. Ele dá um passo, passa à frente, golo. Aqui del rey.

Tome nota: pênalti bate-se cruzado, em diagonal; destros devem chutar no canto direito do goleiro, canhotos no esquerdo, sacou?

– Por quê?

– Porque atinge-se a bola com o peito do pé, é possível envenená-la com força&efeito, sacou?

Ayala e Cambiasso chutaram de chapa de pé, sem força nem veneno, em linha reta&burra – olha ela aí! –, paralela às linhas laterais. E o bom Lehmann, que não é bobo, que não tentou bobamente adivinhar o canto, o bom Lehmann os apanhou fácil, tranqüilamente.

Lembre da impecável lógica do colunista, aquele, dos mais expostos à galhofa: penal bem batido a gente não pega mesmo que adivinhe o canto. Ai, porém, os penais mal batidos a gente pode apanhá-los, todos! Com uma condição! NÃO TENTAR ADVINHAR O CANTO!

No llore, Argentina, porque nosotros tampoco lloraremos por ti.

Tome outra nota: só se bate de chapa (com a parte interna do pé) combinando com paradinha, à Pelé, ou à maneira Djalminha-Marcelinho Carioca contra goleiros "bruxos", bobos metidos a advinhos, sacou?

Gênio é 99,99% de transpiração + 99,99% de inspiração. Alemanha-Argentina teve 99,99% de transpiração + 0,01 de inspiração. Total? Outro mau match nessa Copa de matches maus, de muito sangue, suor, trabalho, lágrima, manha, e pouco engenho, pouca arte, exceto Brasil-Japão.

Escrevi que a Alemanha massacraria a Argentina. Na mosca, de novo: 4 a 2... Abrirei tenda de advinhação, engana trouxa?

Ih! Nossa paixão pela pátria de chuteiras é bem menor que a nossa paixão pelos nossos clubes de coração: quase 90% dos consultados respondeu que entre ser campeão Mundial de Clubes e campeão Mundial de seleções prefere ser campeão mundial de clubes. O que comprova a penetrante observação do Gilberto Mello Kujawski: não somos "patriotas", mas somos "bairristas".

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