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Até a merecida abertura do placar não jogava bem o Coxa. Cresceu com a entrada do Eanes; ele merece metade dos créditos do Alberto: foi ao fundo, levantou a cabeça, cruzou na testa do estreante, 2-0. Levantou a cabeça, passou de trivela – Alberto acomodou-a e de canhota definiu lance, jogo – 3 a 0.

Responda rápido: há lugar para as duplas Eanes-Alberto, Caio-Fábio Pinto?

Espelho, espelho meu, quem é mais inho, André ou Ricardo?

Espelho, espelho meu, quantas décadas mais Kléber necessitará para armar barreira, não besteira? Pois barreira que não barra é peneira.

O Coxa não deve lançar bolas sobre a área com a defesa plantada, de frente pro crime. Perde-se a bola, tempo, tudo. O que há com o gramado? Em muitos pontos a bola pipoca. Alberto não é tipo quando não faz gol não joga: sabe unas cositas más.

Meu filho atleticano perguntou se eu veria o jogo contra o Bota. Respondi como Shaw ao convite para ir à estátua da Liberdade: meu senso de humor não chega a tanto.

Reforma ou revolução?

Paranistas velhos de guerra, campeões do estado de espírito* do ano da besteira em que não veremos o Atletiba, amigos, romanos, concidadãos! Venho aos funerais de César para lembrá-los dos aplausos que engrossei pela volta à Vila e pela modernização do Durival Brito e Silva. Ôoolê!

No entanto, desde que a idéia foi ao ar o bicho do ham-ham mexeu comigo. Por que não estádio novo em folha, para 32 mil pessoas sentadinhas, abrigadas** dos elementos e suas ocasionais fúrias? Estádio para passar em todos os vestibulares de Medicina? Da Católica, da Curitiba, da Federal e – por que não dizer? – da Fifa? De lá para cá três ou quatro amigos conselheiros do Paraná confessaram: a reforma abortará o sonho.

A resposta dos reformistas é a seguinte: a construção do novo estádio não é apenas sonho. É sonho impossível. A começar pelas limitadas dimensões da área, e sem esquecer o interminável "imbroglio" jurídico com a Rede Ferroviária, ectoplasma com mais aparições que as sete vidas do gato.

Ah! Os reformistas ainda acrescentam que o sonho não é novo. Data pelo menos do consulado do saudoso comendador Scalletti. Que teria viajado longamente nessa maionese até cair nas realidades acima mencionadas. E desistir. E jogar a toalha. E agora? Nessa altura do campeonato o debate me parece meramente acadêmico diante do fato consumado.

Nota

* O Paraná não existe. É um estado de espírito.

** Não confunda o rapaz vai bem, obrigado, com o rapaz vem bem abrigado...

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