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E agora? Como será hoje à tarde? Quem vencerá? Quem irá pra fita, quem disputará o terceiro lugar? Darei meus chutes, meus palpites, farei minhas apostas. Tempo.

Pela quantidade de acertos nas fases anteriores penso bastante seriamente em mudar de profissão, mas ainda estou em dúvida, dividido entre oráculo, adivinhão (sic), vidente, profeta, pitonisa, etc. Aceito amigáveis sugestões, fraternas sugestões. Voltemos aos chutes.

Acho que os italianos derrubarão os anfitriões; devolverão o gesto incivil dos alemães em 90. Quando outra vez puseram abaixo Roma&Império.

Alternativamente, meu plano B é: zero a zero; zero a zero na prorrogação; pênaltis.

Amanhã, creio que os nossos caros lusos porão fim à festa francesa, aposentarão mestre Zidane e seus fiéis escudeiros, seus encantos, suas artes&manhas, suas mágicas, suas invenções, suas fantasias; será uma pena - désolé. E au revoir.

– Quais as armas da ocidental praia lusitana para tão árdua meta?

– Começarei pelo arsenal defensivo, mas para não cansá-lo ou entediá-lo não serei exaustivo; relaxe. Miguel pode anular Malouda, o incansável Malouda; Costinha, ora veja, o pequenino Costinha, que de menino não torceu seu indomável pepino, Costinha tem as odiosas ferramentas para se transformar num incontornável incômodo para o grande maestro e suas criações: pernas-pulmões-pontapés.

– Muito bem. O sistema defensivo impede a derrota, garante a vitória, mas não se vence com a defesa, se vence com o ataque. E quais são as armas ofensivas de Portugal?

– Boa pergunta. Minha resposta é: as armas ofensivas de Portugal são quatro, sem ordem de importância: o médio Maniche, os meias Figo e Deco, o avante Cristiano Ronaldo.

– Que podem ser neutralizadas pelos feros, fortes, felinos negros franceses, não?

– É verdade, cara pálida: Thuran é turrão; Vieira&Makelele são craques no trabalho sujo, de estiva, Ribery parece incansável. E Portugal não tem nada semelhante ao Zidane.

– Por falar nisso, e para fazer justiça: nenhum outro país no mundo, mundo, vasto mundo, tem algo semelhante ao Zidane, o último dos moicanos, o último maestro*, o último grande regente, raça em extinção como a baleia branca, o mico leão dourado, o ursinho panda e outros inutensílios...

– E então?

– E então, não sei. Ou só sei que não sei. Tudo é possível. Que ganhe o melhor, o que jogar melhor, com maior espírito esportivo. Aleluia!

Nota

* E dizer que o Alex, nosso Alex, tem todas as qualidades exigidas pela regência, mas está convencido que sua vocação é segundo violino.

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