Flávio; Émerson-Goiano-Neguete; trio do clube do Campo + Edinho; Maicossuel-Sandro-Leonardo. Eis um onze bastante bom. Não pra fugir do rebaixamento mas para lutar pelas primeiras posições.

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– Isto mesmo. Lutar por vaga na Libertadores, pelo caneco! Precisamos arquivar o complexo de vira-latas.

– Quem é o bom da boca, o degas, o tal? São Paulo com Aloísio & Leandro & Fabão? A adriça do penol da verga grande do caíque e suas vedetinhas a rebolar? Os cariocas, concentrado de otários? Os gaúchos? Ou seria Figueira-Fortaleza & Santa?

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Ainda que mal pergunte

– Pra que serve torcida, organizada ou não, profissional ou sem fins lucrativos?

– Pra torcer, incentivar a equipe, empurrá-la, sustentá-la, ampará-la. Como no casamento. Torcer é casar. É amar e respeitar o ser amado, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe.

– Torcer não é ir ao campo vaiar o treinador, xingar dirigentes, cuspir nos jogadores, exceto adversários... Torcer é ser mãe como no poema do Coelho Neto: Ser mãe é desdobrar fibra por fibra / o coração! Ser mãe é ser anseio/é ser temeridade, é ser receio / é ser força que os males equilibra! / Ser mãe é andar chorando num sorriso! / Ser mãe é ter um mundo e não ter nada! / Ser mãe é padecer num paraíso!

Rudes & ruid(n)osas

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O futebol brasileiro reproduz fenômeno que Ortega y Gasset estudou na década de 30 do século XX: a "rebelião das massas". As massas continuam a babar na gravata. Mas não se contentam mais com isso; exigem participar das decisões, ter vez, voz, voto, veto.

Ora, clubes de futebol profissional são de direito privado. Pra que alguém nele apite é necessário entrar de sócio. Ou ficar nas arquibancadas. Ou em casa. A torcer, a chorar, a ranger os dentes. Com a burocratização e profissionalização das torcidas, elas passaram a reivindicar a boca da cena. E a ditar ordens. Como diria o Mencken, é o circo dirigido da jaula dos macacos. As probabilidades de um circo fazer sucesso sob a direção dos macacos é maior que as de um clube sob as ordens das hordas a urrar.

Preciso lembrar as observações sobre o (in)quociente intelectual das massas? Os estudos de Le Bon e Freud? As práticas bolcheviques copiadas por Hitler&Goebbels? Massa de 20 mil Einsteins será burra, irracional, manipulável como farinha e água. Massa de 20 mil fanáticos a urrar não pode ser levada a sério, exceto numa oclocracia, o governo da ralé.