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Como prometi, abrirei alas para os pertinentes comentários do Luiz Groff sobre o "hands" – endis no nosso apressado, inocente aportuguesamento, ou entis ainda em apressado, inocente aportuguesamento, mas pode chamar de mão (boba?) na bola. Infração que os alegres coleguinhas do rádio&tevê estão a estender à bola na mão – fato bastante diferente. E inimputável! Tempo.

Somos país involuntariamente cômico. Aqui há leis que pegam e leis que não pegam. Até aí, Inês é morta. Mais curioso são leis inexistentes pegarem!

Nesse sentido, o velho, o rude esporte bretão aculturado nos tristes trópicos possui 30 regras e não 17. Por exemplo, é proibido saltar junto com o goleiro na área pequena... Legislação desconhecida dos britânicos e dos velhinhos da "Board", a guardiã das regras.

Mas a fúria legisferante do nosso pessoal de rádio&tevê é insuperável no já mencionado capítulo "do hands" ou "mão na bola".

Antes de passar a bola ao Groff, lembrarei: trata-se da regra XII – faltas e incorreções; letra i: "Jogar a bola, isto é, levá-la, golpeá-la ou lançá-la com a mão ou braço: será punido com tiro livre direto concedido a equipe adversária no lugar em que a falta foi cometida." Certo?

Claro! Se for mão na bola dentro da área é pênalti. Exceto se o cavalheiro – instintivamente – colocar a(s) mão(s) à frente de uma parte do seu corpo ou do seu rosto para se defender. Sacou? Então vamos ao que interessa – fala, Groff! A bola é totalmente sua. Capricha.

Com a palavra

"Não agüento mais os comentaristas de rádio teorizando sobre bola na mão.

No jogo do Coxa, ouvi as seguintes pérolas sobre o pênalti do Anderson. (Que não sei se foi ou não, já que acompanhei pelo rádio, ‘só vi’ pelo rádio.)

‘Bola na mão na área é pênalti!’

Detalhe: as regras esqueceram de definir que o critério das faltas seja diferente dentro e fora da área.

‘E, além disto, mudou a trajetória da bola’, completou o comentarista.

Aquela senhora, a Lady Newton, insiste que quando dois corpos se tocam ambos sempre mudam de trajetória.

‘E ia em direção ao gol’.

Bom, não ia, mas como sabemos, isto não faz a menor diferença.

Finalmente, ‘A mão não estava colada ao corpo’.

O único esporte em que se chuta a bola com os braços colados ao corpo é o pebolim.

Abraço, Groff."

Voto com o relator; nada a acrescentar. Exceto um reforço do óbvio, do ululante em forma de lembrete: bola na mão não é nada, não é infração, logo não pode nem deve ser punida com nada, muito menos com pênalti. Já mão na bola é outro departamento. Ou não é, leitor?

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