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Se for um Atletiba decisivo melhor, mas mesmo um Atletiba no meio do campeonato ou até um Atletiba amistoso mexe com os torcedores.

É a mística do nosso clássico, um dos mais tradicionais do país, que assegura o sucesso do evento. Muitas rivalidades entre as torcidas e a certeza de partidas bem disputadas fazem do confronto um espetáculo à parte.

Não será diferente domingo, mesmo se sabendo que o Coritiba praticamente assegurou a conquista do título do turno e apresenta-se como favorito pelo fato de estar com a equipe mais entrosada e de jogar em casa.

Mas como, historicamente, o clássico indica que nem sempre o favorito da hora vence, os atleticanos esfregam as mãos esquecendo um pouco a fragilidade defensiva e a falta de criatividade da meia-cancha, apostando na surpresa.

Surpresa que está intimamente ligada ao poder ofensivo, com Paulo Baier, Lucas, Madson e a pro­­vável reestreia do campeão mundial Kleberson. Isso vem comprovar que futebol é mesmo um jogo desconcertante, pois o Furacão perdeu a vaga na Liber­­ta­­dores para o Grêmio pela ineficiência do ataque, enquanto o go­­leiro Neto e os defensores destacaram-se como guardiões do sucesso no Brasileiro passado.

Agora, com a revoada de Neto, Rhodolfo e Chico, o time perdeu o equilíbrio defensivo, mas encorpou-se no ataque. É teste para explodir o coração rubro-negro.

O Coritiba, por sua vez, conseguiu manter o equilíbrio tático-técnico e, principalmente, a alma de competidor que o remeteu de volta à Primeira Divisão nacional e domina amplamente o Campeo­­nato Paranaense.

Méritos da diretoria liderada pelo pragmático Vilson Ribeiro de Andrade, que apostou na continuidade do trabalho de Ney Franco, na manutenção da base do elenco e, agora, em Marcelo Oliveira, mineiramente indicado pelo técnico anterior.

Com contratações pontuais – Jonas, Emerson, Eltinho e Davi – o Coxa mantém a cadência de jogo com estilo e a coisa anda tão favorável que até jogadores tecnicamente sofríveis, como Bill, por exemplo, estão produzindo a contento. Bill é um dos artilheiros do campeonato, enquanto Rafinha e Marcos Aurélio dão o ritmo do ataque que até o mo­­mento não sentiu a ausência do goleador Leonardo, lesionado.

No jogo de estreia na Copa do Brasil, a equipe alviverde não precisou mostrar grande futebol para vencer. Ela esta tão bem amarrada e ajustada que jogou o suficiente para conter o ímpeto do Ypiranga e sair vitoriosa de Erechim. Não conseguiu evitar o encontro de volta, como fizeram São Paulo e Flamengo entre os grandes times que largaram no torneio, mas tem tudo para seguir em frente.

No Atletiba, provavelmente o Coritiba tentará conter o entusiasmo do Atlético – que vai com tudo para virar a página na conquista de um triunfo no clássico – para em seguida impor a cadência do jogo.

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