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Depois que o Brasil conseguiu superar o nervosismo da estreia em casa e virou o placar com erro de arbitragem a seu favor, e o México conseguiu vencer mesmo fortemente prejudicado pela arbitragem colombiana, Croácia e Camarões terão de rebolar na segunda rodada do Grupo A.

Felipão desempenhou papel importante na primeira vitória, pois o time brasileiro jogou abaixo de suas possibilidades e teve de recorrer à alma para superar as deficiências técnicas. E a serventia dos técnicos de qualquer modalidade esportiva é exatamente funcionar para tentar levar o conjunto à altura do elenco.

Parreira, por exemplo, que foi bafejado pela sorte na conquista do tetra – ganhando uma zaga perfeita, Aldair e Márcio Santos, depois das contusões sofridas por Ricardo Rocha e Ricardo Gomes, do mesmo jeito que obteve ganhos com a entrada de Branco após a expulsão de Leonardo e a substituição do badalado Raí pelo eficiente Mazinho –, não conseguiu repetir a dose na tentativa do hexa em 2006.

Aquele time talvez tenha sido o de maior talento individual desde a inesquecível seleção de 1982, com craques como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Kaká, Juninho Pernambucano, Zé Roberto e Robinho brilhando como astros de primeira grandeza nos campeonatos europeus. Foi inaceitável aquela seleção não ter apresentado uma concepção de jogo coerente, chegando à partida com a França sem Parreira estabelecer se ia tocar mambo, maxixe ou samba e tornou-se impossível entrosar a orquestra por mais recheada de talentos que ela estava naquele Mundial.

O mérito de Felipão foi ter feito apostas certas na campanha do penta – Ronaldo e Rivaldo saindo de cirurgias e Kléberson que aplainou o meio de campo com a sua entrada na equipe – e iniciou a caminhada do hexa bancando Oscar, que se transformou no personagem mais ilustre do conjunto, pois a atual seleção conta com poucos craques do mesmo nível daqueles que tinha quando venceu as cinco Copas.

Será a soma de esforços, a união do grupo e a força coletiva que poderão transformar o atual time nacional em uma formação expressiva à altura das tradições do nosso futebol e, sobretudo, reunindo as condições para chegar à grande final do Maracanã. O caminho será longo e árduo.

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