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Os campeonatos estaduais vão começar e continuam bastante discutidos. Há quem sinta saudades dos torneios Sul-Minas, Rio-São Paulo e outros que fizeram sucesso enquanto duraram; como existem os que defendem a realização dos campeonatos estaduais. Esta é uma discussão antiga e, pelo jeito, sem prazo para acabar.

Acontece que, ao tentar a experiência com as copas regionais, envolvendo clubes de maior prestigio em vez dos arrastados campeonatos estaduais, a CBF acabou contrariando os interesses dos presidentes das federações. Eles se sentiram enfraquecidos com a perda da moeda de troca representada pelas oportunidades abertas aos times pequenos que sonham enfrentar os grandes da Primeira Divisão nacional. Além disso, apesar do sucesso do Rio-São Paulo, os presidentes da época – Farah, em São Paulo e Caixa D`Água, no Rio de Janeiro – exigiram de Ricardo Teixeira a volta dos tradicionais campeonatos Paulista e Carioca.

Os cariocas têm a motivação dos clássicos, já que contam com quatro times de grande apelo popular, que, invariavelmente, arrastam multidões ao Maracanã. Mas estes clubes pagam o pedágio de ter de enfrentar Cabofriense, Cardoso Moreira e outros menos cotados.

Os paulistas, ao contrário, fazem um campeonato rentável, já que o futebol do interior é forte e os clássicos da capital aquecem a disputa. Ainda mais agora com os reforços de São Paulo e Santos, a presença do Fenômeno no Corinthians e a tentativa de o Palmeiras chegar ao bicampeonato.

Aí estão os estaduais como uma espécie de abre-alas da temporada.

Paranaense

O Campeonato Paranaense foi a joia da coroa durante décadas, pois os nossos times não tinham expressão no panorama nacional e, consequentemente, não conserguiram a disputar a Libertadores até 1986, com o Coritiba campeão brasileiro. Catorze anos depois, com o Atlético, voltamos à maior competição continental.

O Coxa bisou o feito, o Paraná teve a sua oportunidade e o Atlético disputou mais duas vezes, sagrando-se vice-campeão das Américas em 2005.

Mas, até 1967, com a experiência do Ferroviário no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o futebol paranaense vivia apenas em torno do campeonato doméstico, tendo em vista os repetidos fracassos na antiga Taça Brasil.

Houve bons momentos em nossos campeonatos e diversos times e jogadores deixaram saudades. Ultimamente, porém, com a integração dos clubes da capital ao sistema nacional e com incursões internacionais mais frequentes, reduziu-se o interesse pelo Campeonato Paranaense.

O número de participantes é excessivo e a maioria não possui recursos para formar boas equipes. O campeonato resume-se à identificação do time do interior que se destacará e à luta pelo titulo entre os favoritos naturais, com destaque ao Atletiba, o único clássico que consegue lotar os estádios.

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