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O Imperador Napoleão Bonaparte escolhia os seus generais pela competência, experiência, bravura e, sobretudo, pela sorte. Ele sempre queria saber detalhes da vida do candidato para descobrir se era portador de uma boa estrela.

Como Ricardo Teixeira está longe de ser Imperador – se bem que se sente como tal – e Dunga não leva jeito para general, a seleção brasileira não teve sorte na partida com a Holanda.

Depois de excelente primeiro tempo, quando poderia ter ampliado a contagem e até liquidado a fatura, sofreu com a infelicidade de Júlio César que, além de ter saído mal da meta, atrapalhou Felipe Melo, que estava no lance e afastaria o perigo. Em seguida o segundo gol em grave falha coletiva da considerada melhor defesa da Copa, a expulsão do indigitado Felipe Melo e o completo descontrole emocional do time que se esgotou no cárcere privado.

Sem opções na reserva, por culpa dele mesmo, Dunga não conseguiu recuperar o time e foi eliminado. Além de tudo, azarado.

Sem limites

Há um bom tempo que os jogadores brasileiros vêm dando bola fora.

O caso do goleiro Bruno alcançou o ápice da falta de estrutura social e emocional que tanto atrapalha os ídolos do futebol.

Com formação familiar deficiente, baixa escolaridade e condições precárias na infância, o acesso rápido à fama deixa muitos jogadores sem limites. Tanto em gastos exagerados, casamentos exóticos, separações tempestuosas e envolvimento com pessoas que convivem próximas da criminalidade.

A adulação, o excesso de dinheiro e a falta de estrutura emocional levam os atletas a acreditar que podem fazer o que quiserem.

Mal-orientados e cercados de pessoas que só bajulam na tentativa de colher benefícios, diante de um problema, muitos desmoronam.

Embora não haja estudos consistentes sobre o assunto, especialistas dizem acreditar que boa parte dos jogadores famosos ingere álcool e usa drogas.

Bruno parece ainda não ter entendido a gravidade da situação diante das denúncias do crime hediondo praticado.

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