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É grande a inquietação entre os técnicos das principais equipes brasileiras. Afinal até os renomados Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho foram dispensados. Nem mesmo o veterano Carlos Alberto Parreira segurou-se no cargo – e muito menos o moderno Vagner Mancini depois da sova que o Santos levou na Bahia.

Em compensação, Geninho – o salvador do Atlético no ano passado – foi contratado para desempenhar a mesma função de beato milagreiro no Náutico.

Os técnicos entram e saem na contradança do Campeonato Brasileiro.

Eterna ciranda em que não há tempo nem motivo para desespero. Um choro aqui por causa do emprego perdido, outro ali, mas é só esperar um pouquinho que logo os sorrisos se abrirão com novo emprego do lado de lá. É essa a regra de quem vive e sobrevive em meio à maratona de jogos e à gangorra do perde e ganha que caracterizam o maior campeonato do país.

O intrigante nisso tudo não é a alta ansiedade que envolve todos os profissionais, mas as somas estratosféricas registradas nas negociações. Alguns salários chegam a ser escandalosos diante das parcas economias da maioria dos clubes brasileiros. A isso se dá o nome de irresponsabilidade.

Falta de cuidado gerencial daqueles que foram eleitos para administrar entidades que já anteciparam as suas receitas junto aos patrocinadores, investidores ou redes de televisão.

Não se surpreendam com a nova moda de efetivação dos técnicos auxiliares, bem mais baratos e tão eficientes quanto aqueles que cobram milhões. Os dirigentes estão acordando para a nova realidade.

A rodada

Na gangorra da dupla Atletiba, quem correrá atrás da reabilitação será o Coritiba, enquanto o Atlético teve pouco tempo para curtir o triunfo sobre o Internacional.

Mas se os atleticanos tiveram vontade e paciência para analisar com maior profundidade a atuação de domingo, certamente perceberam que se por um lado correu tudo muito bem, de outro velhos problemas defensivos continuam intocados. Foi tudo muito bem do meio para frente, mas a defesa segue vulnerável. Se o Internacional tivesse marcado o segundo gol um pouco antes, certamente daria um sufoco, despertando antigos demônios que assombram a torcida atleticana.

Rafael Santos, aquele zagueiro misterioso que passou meses escondido no CT do Caju, apresenta-se como o melhor do setor tanto como defensor quanto pelo aproveitamento na marcação de gols de cabeça. Não é à toa que já recebeu convite do exterior.

Do lado coxa-branca, a zaga também tem tirado o sono da torcida. Depois de comportamento exemplar no triunfo sobre o São Paulo, o técnico René Simões cismou de mexer na defesa e o Coritiba levou um passeio do Barueri.

Como será hoje: o espírito caseiro com muita determinação ou aquele de esconde-esconde lá do Beira-Rio, de Barueri e outros recantos?

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