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Há muito tempo a seleção brasileira vem jo­­gando sob pressão, com muitas cobranças sobre Dunga e diversos jogadores que tiveram as convocações contestadas pela mídia, além das ausências lamentadas na última chamada.

Mesmo triunfante – Copa América, Copa das Confede­­ra­­ções e primeiro nas Elimina­­tórias –, o time não conquistou a confiança da torcida e preferiu fechar-se na tentativa de encontrar a superação para conquistar o hexa.

Tantos dias enclausurados, do CT do Caju em Curitiba ao retiro em Johannesburgo, os jogadores identificaram-se com a filosofia do técnico revelando empenho nas partidas iniciais para superar as conhecidas limitações técnicas da equipe. Foram vitoriosos e mostraram que podem ir longe na Copa, porém Dunga aumentou o grau da sua incontida cólera com a imprensa confrontando-se, desnecessariamente, com alguns repórteres.

Quem tem experiência em futebol sabe que o ambiente de camaradagem entre os jogadores representa tudo para o sucesso. De nada adianta eficiente condicionamento físico, tático e técnico, se o fator psicológico estiver em frangalhos.

Basta correr os olhos pelo noticiário em torno das seleções da França, que já voltou para casa com brigas e duro golpe na soberba francesa, ou da Inglaterra, na qual o ex-capitão Terry, que ajudou a derrubar Mourinho e Felipão, no Chel­­sea, agora ensaiou fazer o mesmo com o italiano Capello em plena África do Sul.

Deu para perceber por meio das atitudes de alguns jogadores, com destaque ao surpreendente destempero de Kaká, que o estresse de Dunga pode contaminar a equipe a ponto de transformar qualquer atitude em motivo para alteração.

É fundamental manter a tranquilidade, para preservar o ambiente e garantir o sucesso da seleção brasileira, que parece à beira de um ataque de nervos.

Dunga precisa acabar com essa mania de perseguição que o acompanha desde os tempos de jogador e assumir uma postura de acordo com a relevância do cargo que ocupa e a mídia deve levantar a bandeira branca pelo menos até o fim da Copa.

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