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Nos seus 85 anos de existência o clássico experimentou todos os tipos de sensações. Houve jogos festivos, amistosos, decisivos, raivosos e, invariavelmente, tensos.

O de amanhã apresenta-se como um Atletiba tipicamente tenso.

Porque as equipes estão em estado de sobrecarga física e mental por conta da irregularidade técnica que assinala a dupla na temporada.

Em nenhum momento deste ano, Coritiba e Atlético conseguiram despertar a confiança dos torcedores. Antes, pelo contrário, as torcidas estão mantendo reservas tanto em relação aos times quanto a seus comandantes. Entendendo-se como comandantes os dirigentes e os dois técnicos. Os dirigentes também estão arrolados no processo, pois cometeram erros que não passaram despercebidos do crivo popular.

As promessas não cumpridas ficaram gravadas no inconsciente coletivo das massas, com destaque ao prometido título do centenário por parte dos cartolas coxas e do grande time por parte dos cartolas rubro-negros.

Marcelinho Paraíba é a figura emblemática do Coxa, mas a diretoria sofre o constrangimento do joguinho de polichinelo entre o jogador e seu empresário na busca de maiores ganhos. Todos os envolvidos sabem que uma repentina saída do craque representará o completo esvaziamento do ano especial.

Alex Mineiro, mesmo longe do vigor físico e das grandes atuações que o transformaram no jogador mais importante da história do Atlético, foi eleito como a solução de todos os problemas. Mas em vez de manter a negociação em sigilo, para evitar frustrações com o desenlace inesperado, os arautos atleticanos tocaram as trombetas antes da hora.

Os técnicos estão com crédito, principalmente Waldemar Lemos que nem bem assumiu, mas já mostrou que conhece o riscado, tanto que, de um time inseguro e irregular, o Furacão apresentou lampejos que animam o torcedor.

Nada muito revigorante, porém suficiente para acreditar que o time poderá fugir mais uma vez do rebaixamento.

Aqueles que andam sendo cobrados, efetivamente, são os jogadores. Mesmo que não tenham culpa pela limitação técnica, pois não pediram para ser contratados, são os responsáveis visuais pelos dissabores das arquibancadas.

Um goleiro frangueiro aqui, um zagueiro furão ali e um atacante perdedor de gols mais adiante têm assinalado a trajetória da dupla Atletiba no campeonato. As exceções apenas confirmam a regra.

De cara com o líder

O triunfo sobre o Ipatinga ainda não foi suficiente para recuperar totalmente o Paraná, mas serviu para proporcionar um pouco de ânimo.

Em Campinas, de cara com o líder Guarani, o Paraná tentará evitar não só a derrota como fugir de uma nova goleada humilhante.

Todas as providências foram tomadas pelo técnico Sergio Soares, que continua assustado com o nível técnico do elenco que recebeu para trabalhar.

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