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A derrota teria sido castigo excessivamente duro ao bom futebol apresentado pelo Atlético no segundo tempo e o empate acabou fazendo justiça no placar do Engenhão.

Na etapa inicial, o Bota­­fogo jogou melhor e fez por merecer o resultado, já que o time atleticano mostrou-se excessivamente tímido, mais preocupado em marcar do que em promover ações ofensivas efetivas.

Na jogada do gol marcado por Edno, houve descuido na marcação, já que o atacante apresentou-se completamente livre para a conclusão contra a meta de Neto, que se destacou no restante da partida com intervenções precisas – e uma bola no travessão. Sorte é para quem merece tê-la!

Com a entrada de Paulo Baier o Furacão ressurgiu no ataque e passou a pressionar, especialmente a partir da excepcional atuação do meia Branquinho, que carregou diversas bolas até a grande área, todas desperdiçadas pe­­los atacantes Thiago e Bruno Mineiro. O Botafogo, dominado, restringiu-se a tentar o gol nos contra-ataques, po­­rém sem sucesso diante da compacta barreira rubro-negra.

A principal característica do bem estruturado time de Carpegiani foi a determinação, com os jogadores aplicando na veia o sentimento de vestir a camisa do Atlético. Com isso, o Furacão dominou amplamente as ações na etapa complementar.

Guerrón – a quem as críticas têm mexido com os brios, fazendo com que ele redobre o empenho – aproveitou o primoroso lançamento de Branquinho e demonstrou o desejo abrasador de deixar a sua marca, concluindo com sucesso para assegurar o empate: chute alto, sem chance para o goleiro Jefferson. Foi o primeiro gol do equatoriano com a camisa atleticana.

Liderança

Cumprindo o seu papel em casa e contando com a derrocada dos principais concorrentes na rodada, o Coritiba firmou-se ainda mais na liderança da Série B. Na partida de sábado o Coxa fez 2 a 0 no primeiro tempo, em lances de oportunismo do zagueirão Pe­­reira, que aproveitou lançamentos perfeitos de Tcheco. Na etapa final, o time apenas administrou a vantagem.

A meu ver, o maior destaque do time do técnico Ney Franco foi o sistema de defesa, muito bem amarrado e com equilíbrio após o retorno de Cleiton, um zagueiro discreto, eficiente e que consegue cobrir com perfeição os companheiros Pereira e Jéci, dados a in­­cursões ofensivas durante os jo­­gos.

Com a presença de Cleiton, o time acertou a zaga e, como conta do excelente goleiro Édson Bastos, ficou ainda mais encorpado com o ajuste do cinturão intermediário composto por Leandro Donizete, Tcheco e Léo Gago.

Os adversários tentam, mas en­­contram grandes dificuldades pa­­ra marcar gols no Coritiba, so­­bre­­tudo dentro do Alto da Gló­­ria.

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