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Técnico sempre foi elemento importante no futebol. Por mais que se discuta as atuações desses personagens a verdade é que eles têm relevância no rendimento das equipes.

Técnico campeão não é, necessariamente, o melhor, nem o perdedor é incompetente. Em qualquer área o profissional precisa ser analisado pela média de suas atuações durante um período longo.

Tivemos treinadores brilhantes, muitas vezes campeões que foram ignorados pelos cartolas da CBF. Cito três grandes comandantes que fizeram por merecer uma chance na seleção: Elba de Pádua Lima, Rubens Minelli e Ênio Andrade.

Em compensação, figuras quase inexpressivas como Cláudio Coutinho e Sebastião Lazaroni chegaram à seleção por influência da crônica carioca. Feola, Zagallo, Parreira e Felipão tiveram méritos nas campanhas vitoriosas. Aymoré Moreira um pouco menos, mas merece reverência.

Ultimamente acompanhamos o calvário de Vanderlei Luxemburgo que perdeu o brilho e tem se metido em confusões com colegas e jornalistas.

A ascensão de Luxemburgo à seleção culminava uma trajetória de êxitos. De repente, o homem deixou de lado suas boas ideias e passou a atuar como um político – um mau político – na direção dos times e, aos poucos, foi perdendo a lucidez e a liderança.

De tudo que se viu, à distância, chega-se à conclusão de que Luxemburgo foi engolido pela própria egolatria. Proclamava-se muito mais inteligente do que todos. Não é, nem nunca foi; e se fosse, a vida aconselhava comedimento.

Dunga teve duas oportunidades desperdiçadas. Foi vitimado pelo complexo de vencedor na comparação com a seleção de 1982 – bem melhor do que a de 1994 –, cujo recalque o levou a desmerecer os craques que encantaram, mesmo não conquistando o título mundial sob o comando de Telê Santana.

Até hoje todos recordam com saudade daquele time derrotado no Sarriá por puro sortilégio da bola feiticeira. Hoje todos comemoram o início de Tite com o melhor desempenho na seleção desde Telê Santana: 10 gols feitos e 1 tomado em 3 vitórias, contra 13 marcados e 1 sofrido pelo time de 1980.

A glória dos técnicos é conquistada pelos resultados, mas quando uma equipe deixa boas lembranças mesmo perdendo é sinal de que o trabalho foi bem realizado. A dupla Atletiba está satisfeita com o rendimento de Paulo Autuori e Paulo Cesar Carpegiani.

O primeiro resgatou o título estadual e, mesmo com desfalques importantes, obrigando-se a lançar os garotos da base, está encaminhando o Atlético para a Libertadores; o segundo conseguiu recuperar a confiança dos jogadores, acumulou pontos importantes e aliviou a luta do Coritiba contra o descenso.

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