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A má gestão no futebol do Atlético atingiu o clímax após a desconcertante derrota para o fraco time do Bahia, em plena Baixada. Na verdade o resultado foi consequência da soma de todos os erros cometidos desde a completa falta de planejamento no final do ano passado. Entusiasmada com o sucesso efêmero no Campeonato Brasileiro – 5.º lugar –, a diretoria não promoveu avaliação inteligente e profissional do elenco, mantendo o técnico Sérgio Soares e diversos jogadores tecnicamente sofríveis que decepcionam até hoje.

Com as sucessivas e malsucedidas trocas de treinadores, supervisores, dirigentes e, sobretudo, inúmeras e equivocadas contratações de jogadores, estabeleceu-se um círculo vicioso no CT do Caju. E círculo vicioso, como se sabe, é uma repetição de acontecimentos e consequências que resultam numa situação desfavorável.

O frustrante trabalho apresentado pelo técnico Adilson Batista agravou a crise e remeteu a equipe a uma posição desesperadora na classificação. Adilson insistiu em teorizar esquemas táticos mirabolantes ao mesmo tempo em que criticava a qualidade técnica da maioria dos jogadores colocados à sua disposição. Sem um diretor de futebol competente e um gerente de futebol experiente atuando ao seu lado, o quarto treinador do ano afundou com o time.

Motivos táticos, técnicos e psicológicos não existem separadamente; eles se misturam sem controle no futebol quando o clube não possui gente preparada para organizar o setor e definir as metas a serem atingidas, estabelecendo um clima de entendimento, camaradagem e cumplicidade entre dirigentes e profissionais. Sem isso o Atlético dificilmente voltará a ser um time competitivo a curto, médio ou longo prazo.

Abalo emocional

Por mais que corram, lutem e tentem acertar, os jogadores do Coritiba continuam apresentando sintomas do abalo emocional sofrido com a perda do título da Copa do Brasil dentro de casa.

De nada adianta questionar as opções do técnico Marcelo Oliveira ou o rendimento individual deste ou daquele jogador. O problema é coletivo, tanto que a equipe demonstrou entrosamento e boa postura tática, mas falhou em momentos capitais.

O Coxa não jogou mal diante do desesperado Cruzeiro, porém não jogou o suficiente para merecer melhor sorte. Antes de arrumar os pés, o elenco coxa-branca precisa acertar a cabeça.

No embalo

Vitorioso sobre o Icasa e entre os líderes da Série B, o Paraná vai no embalo para cima do Vitória, amanhã, na Bahia. O técnico Roberto Fonseca co­­nhece o potencial do time e age com racionalidade ao alternar os procedimentos com cuidados especiais no setor defensivo. É um campeonato longo e que exige muita atenção.

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