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O título poderia ser "o jogo dos gols perdidos", mas, além das inúmeras oportunidades desperdiçadas pelas equipes, o Coritiba mereceu o triunfo por ter sabido chegar ao gol e cadenciar o ritmo até o final.

O forte calor que finalmente fez em Curitiba – após longo e tenebroso inverno – determinou a cadência do jogo, especialmente na etapa complementar.

Marcelinho Paraíba cobrou o escanteio que a zaga do Vitória desviou para as próprias redes, fazendo o único gol da tarde. Mas apesar do escore magro, os times procuraram o gol e esbarraram nas soberbas atuações dos goleiros Vanderlei e, sobretudo, Viáfara.

Claro que o torcedor coxa-branca se chateou com as incríveis chances perdidas, com destaque para as de Leandro Donizete e Thiago Gentil, ambos desferindo petelecos inconsequentes frente a frente com Viáfara.

Com a vitória, o Coxa conseguiu ultrapassar o Atlético na classificação e passou a ter como objetivo uma vaga na Copa Sul-Ame­­ricana.

Acomodado

Pior do que perder para o Avaí foi a forma como o time do Atlético se apresentou: acomodado e sem interesse no resultado.

A pequena gordura adquirida na classificação em relação ao pouco dignificante objetivo principal de não ser rebaixado levou a equipe a uma acomodação inconveniente e, sobretudo, perigosa.

Jogou com pouca ambição no clássico, mas estava garantindo o empate quando sofreu o gol da derrota por absoluta falta de atenção de todos os jogadores, que se encontravam amontoados dentro da área. Nenhum foi capaz de evitar o gol do Coritiba.

No jogo seguinte, sob a pressão da torcida na Arena da Baixada, uma má apresentação e o empate com gosto de derrota diante do Santos. Anteontem, um passeio do Avaí.

O Furacão não se encontrou em nenhum momento no plano coletivo e, individualmente, chegou a dar pena de alguns jogadores que são considerados essenciais para a manutenção da base no próximo ano. Mas que base será esta? A maioria que subiu dos juniores ainda não aprendeu alguns rudimentos fundamentais do futebol.

Quando Netinho entrou a equipe esboçou leve reação. Aí é que mora o perigo.

Manutenção

O Paraná voltou a conquistar um pontinho fora de casa, desta feita em Natal, frente ao ABC – homenagem dos políticos nordestinos ao pacto Argentina, Brasil e Chile – indicando que o time acertou as coordenadas sob a direção de Roberto Cavallo.

Sem chance de subir, mas sem risco de cair, o Paraná realiza campanha de manutenção, o que não deixa de ser interessante a esta altura do campeonato.

Seria conveniente que os novos responsáveis pelo departamento de futebol levantassem o olhar sobre o trabalho que se realiza nos últimos meses. Tanto por parte do treinador, quanto por parte dos novos jogadores, que estão atuando bem e resgatando a confiança do grupo.

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