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Um minuto de silêncio em justa homenagem póstuma ao mais dedicado funcionário do Tribunal de Justiça Desportiva, Carlos Melara, que serviu a Federação Paranaense de Futebol como secretário do TJD durante cinco décadas e faleceu aos cem anos de idade. Um século de alegria e amizade do querido Melara.

Bola rolando e em dois minutos o Coritiba mostrou que estava disposto a recuperar a coroa do futebol paranaense, perdida para o Atlético no turno: Anderson Aquino escapou pela direita e cruzou para Éverton Ribeiro, que se aproveitou da desarrumação na zaga atleticana e inaugurou o placar.

Marcelo Oliveira ganhou o duelo travado com Juan Carrasco, começando pela escalação dos alas Jonas e Lucas Mendes com a missão de anular o potencial ofensivo do adversário pelas pontas. Com Ricardinho fora de posição e, consequentemente, rendendo menos do que o normal, e Guerrón anulado pelo marcador, as coisas se complicaram para o Furacão quando o nervoso equatoriano chutou Lucas Mendes sem bola e foi expulso de campo.

Com um a menos e jogando mal porque o técnico errou ao não escalar Ligüera como titular e nem sequer relacionar a revelação Harrison entre os reservas, o Atlético foi uma equipe confusa e sofreu para tentar evitar gols nos contra-ataques diante do desencontro entre os zagueiros Manoel e Bruno Costa. Este, outra ousadia do treinador, pois quem vinha jogando como quarto zagueiro era Renan Foguinho.

Mas Paulo Baier empatou cobrando magistralmente uma falta. Porém, na etapa complementar, o Coxa foi amplamente superior, dominando as ações, contendo o ímpeto dos atleticanos que, mesmo sem boa técnica, lutaram bravamente, criando oportunidades para construir sólido triunfo.

Nos gols marcados, os atacantes souberam aproveitar a confusão instalada na defesa rubro-negra a ponto de ter sido batido o recorde de bolas recuadas para o goleiro Vinícius. Sinal claro de insegurança e ausência de alternativas táticas para suprir a ausência de um jogador a menos.

Nem mesmo o empate abalou o Coritiba, pois em seguida foi assinalado o terceiro gol e, no final, o quarto, coroando uma atuação dinâmica que remeteu o time ao título do returno – e o credenciamento para chegar fortalecido na decisão extra com o seu maior e mais renhido adversário.

O Atlético terá de melhorar muito para ameaçar a conquista do tricampeonato alviverde, afinal, o esperado toque de bola não funcionou e a força ofensiva diluiu-se com a forte marcação exercida sobre os atacantes, além, é claro, do destempero de Guerrón, que vinha sendo o homem-gol e deixou os companheiros na mão durante o jogo que poderia ter decidido o título.

O Coritiba terá a vantagem de atuar em campo neutro – Vila Capanema – e decidir o título em casa com o apoio de sua apaixonada massa torcedora.

Excelente a arbitragem de Antonio Denival de Moraes.

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