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O grande mérito do Coritiba é manter a liderança do campeonato mesmo sendo a única equipe que joga todas as partidas fora de casa.

O provável novo retorno coxa-branca à Primeira Divisão prenuncia-se como épico, diante das circunstâncias. Mas tem mais. Tem a campanha admirável do time de Ney Franco no plano tático e técnico em uma disputa acirrada na qual muitos são candidatos à classificação.

Há de se lamentar a brusca queda do padrão de jogo do Paraná, que se encontra oito pontos distante do mais próximo concorrente na zona de acesso. Vale dizer que as coisas estão começando a ficar bem complicadas para o Tricolor, que tem nove rivais a sua frente e reduzidas perspectivas de recuperação a curto prazo.

Voltemos ao líder. Jogando com segurança defensiva, mobilidade no meio de campo e aproveitando as falhas cometidas pelo Bahia, com atacantes que decidiram no momento certo, o Coxa venceu com a autoridade de um time amadurecido, estabilizado e que sabe exatamente onde deseja chegar.

O novo gol de falta, impecavelmente cobrada por Marcos Aurélio, destacou-o como a principal figura no tranquilo triunfo sobre os baianos.

Fora de rumo

Ao verificar a escalação do time no Pacaembu, sem o ala Wagner Diniz, que treinou a semana inteira e deveria retornar à posição como recomenda a cartilha do bom senso no futebol, e com improvisações na zaga, percebi que a noite não seria tranquila para o Atlético.

Mesmo com o Palmeiras tenso, apresentando futebol modesto, com um jogador a menos e até com Felipão perdendo as estribeiras e sendo expulso, em nenhum momento o Furacão esteve no rumo certo para tentar tirar proveito da situação.

Com a zaga insegura e a meia-cancha sem qualquer organização tática, o Atlético apenas lutou, sem jamais ter verdadeiramente ameaçado a meta de Marcos.

O operoso ala esquerdo Paulinho esteve perdido, pois não sabia se atuava como marcador ou como meia armador, na salada em que se transformou o esquema rubro-negro.

Para agravar o drama, Carpe­­gia­­ni continuou inventando e foi infeliz nas três substituições: em vez de Bruno Costa, deveria ter saído o nervoso Gustavo; Deivid era o único jogador lúcido em campo e saiu para a entrada do improdutivo Mithyuê; Maikon Leite, sim, excelente atacante, só entrou após a lesão do equatoriano Guerrón.

Sem jogada específica para explorar a sua velocidade, Guer­­rón entregou-se à marcação e viu-se cercado por diversos adversários sem que ninguém aparecesse para tentar uma jogada mais eficiente.

Mais uma derrota do Atlético que necessita, urgentemente, de alguém que coloque ordem na casa antes que seja tarde demais.

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