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Até mesmo o humilde e dedicado técnico Macuglia identificou o cerne do drama e pediu para que se baixasse a bola.

Até mesmo o humilde e dedicado técnico Macuglia identificou o cerne do drama e pediu para que se baixasse a bola.

Nem mesmo a arrastada renovação de contrato do meia Marlos, uma das principais revelações do Coritiba, serviu para despressurizar o ambiente no Alto da Glória.

Também pudera! Em meio a tantas contratações discutíveis, como as de Caíco, Muñoz e outros daquela lista de 16 dispensados há poucos dias, houve uma batelada de novos investimentos em recursos humanos e tudo acabou caindo no colo de Macuglia, um técnico a beira do ataque de nervos.

Outro complicador, além, é claro, da ansiedade da torcida, cada vez mais irritada com os dirigentes e com a dificuldade de o time encontrar o melhor caminho dentro de campo, é a política intestina do clube.

Enquanto o presidente Gionédis parte para um salto no desconhecido, em parceria com o imensurável Onaireves Moura, que chegou ao limite da irresponsabilidade no que diz respeito ao projeto que pretende ressuscitar o Pinheirão, o ex-presidente e ícone coxa-branca Evangelino Neves foi acionado, pela enésima vez, para protestar contra o atual estado de coisas.

Com razão, Evangelino criticou a incompetência da atual diretoria no gerenciamento do futebol profissional nas últimas temporadas e, com mais razão ainda, clamou pela manutenção do estádio Couto Pereira como única e tradicional casa do Coritiba.

Ou seja, ele nada mais pede do que qualquer torcedor coxa-branca gostaria de ter: um time capaz de voltar a Primeira Divisão e o estádio Couto Pereira concluído.

Porém, o que falta mesmo ao quase centenário clube é paz. Paz de espírito, paz para o trabalho de recuperação técnica e paz para a execução do sonhado projeto de conclusão da bela praça esportiva encravada ao lado da igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Só que as coisas estão exageradas nas hostes coritibanas e a falta de consenso entre conselheiros, dirigentes e torcedores influentes transformaram o clube em verdadeiro barril de pólvora.

Até mesmo o humilde e dedicado técnico Macuglia identificou o cerne do drama e pediu para que se baixasse a bola. Mas que nada, não passa uma semana sem que se tenha um fuxico envolvendo a política ou o futebol do Coritiba.

Sem tranqüilidade fora de campo, as coisas também não andam bem dentro de campo, diante do excessivo número de jogadores contratados, sendo que a maioria está visivelmente fora de forma técnica e física.

Entretanto, pressionado pela necessidade o treinador vai improvisando e tentando ajustar a equipe no peito e na raça. Se vai dar certo são outros quinhentos réis, mas que ele tenta, tenta.

Hoje, por exemplo, ele anuncia quatro alterações no time que perdeu para o Gama: saem Henrique e Careca, machucados, mais Anderson Lima – anunciado pela diretoria como jogador a nível de seleção – e Douglas Silva. Entram Jeci, Rodrigo Mancha, Ivo e Fabinho. E seja o que Deus quiser em Itu.

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