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A política e o esporte brasileiro passam por grave crise moral. Fi­­quemos com o esporte, que dói menos.

Josef Goebbels, o maquinista da locomotiva de propaganda do 3.º Reich nacional-socialista, cunhou a sentença segundo a qual, de tão insistentemente repetida, uma mentira pode se consagrar como se fosse um cânon.

Antes que os discípulos secretos do mago da comunicação do regime de Hitler no Brasil consigam produzir mais uma evidência da superioridade da mentira sobre o fato real, talvez seja muito conveniente submeter todas essas falsas e insistentes premissas à luz das verdades – que sempre foram obviedades ululantes.

Não sejamos ingênuos a ponto de perder muito tempo com as arbitragens cada vez mais contestadas no futebol brasileiro. Afinal o episódio da debandada no Clube dos 13 e a falta de entendimento dos dirigentes se assemelha à de um árbitro que, ao ver a bola bater na mão do zagueiro dentro da área, usa o arbítrio da interpretação para não marcar o pênalti, partindo do pressuposto, muitas vezes equivocado, que a interceptação não fora intencional.

Será inócuo discutir quem tem razão no episódio da renovação do contrato para o televisionamento do Campeonato Brasileiro simplesmente porque este simples jornalista se penitencia pelo fato de não compreender o idioma particular da maioria dos cartolas que desmoraliza o nosso futebol.

É por causa dessa mesma espécie de gente que a CBF marcou os principais clássicos estaduais para a última rodada na vã tentativa de evitar o amolecimento de resultados, como, lamentavelmente, aconteceu nas rodadas finais dos dois últimos campeonatos nacionais.

Muricy Ramalho, profissional sério, correto e eficiente, deixou o Fluminense por não aguentar mais trabalhar em um clube sem estrutura. Explicou que chegou ao título brasileiro graças à união do grupo e à superação geral, esquecendo-se de mencionar a decisiva ajuda que recebeu de São Paulo e Pal­­meiras. Ambos entregaram seis pontos de bandeja para o irregular time do Fluminense, prejudicando o Cruzeiro, que ficou na segunda colocação.

O alvo era o Corinthians, mas São Paulo e Palmeiras abateram o Cruzeiro, tecnicamente a melhor equipe da temporada passada.

São esses mesmos dirigentes que não demonstram interesse em mudar os artigos da Lei Pelé que reduziram o poder de negociação dos clubes.

Basta assistir jogos da Taça São Paulo de Juniores para observar que, por exemplo, num estádio com 3 mil pessoas presentes certamente duas mil e novecentas são olheiros, empresários, procuradores ou agentes de jogadores.

A nomeação do ex-presidente do Banco Central, o respeitável Henrique Meirelles, para presidir a Autoridade Pública Olím­­pica é sinal de que a presidente Dilma está de olho no superfaturamento das obras para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Menos mal.

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