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Repetindo as últimas palavras do conde Frontenac, no alto da fortaleza de Quebec, "Minha pátria é a língua francesa", o velho Churchill, ao fazer um apelo aos povos para a luta contra Hitler, declarava: "Dirijo-me, antes de tudo, aos homens, mulheres e crianças que falam a língua de Shakespeare, a nossa língua inglesa".

Era, aliás, com versos de Shakespeare que dirigia as mensagens em código da Royal Navy a seus comandantes em todos os mares.

Felizmente não vamos precisar de versos de Camões para guerras que não faremos. Mas vamos precisar de muito engov para não embaralhar o estômago ao ler e ouvir as explicações para o escândalo que domina a administração financeira do Paraná Clube.

Aparentemente cioso no comando do clube, exigente nos cuidados com a língua portuguesa em suas entrevistas e com fina ironia ao tratar dos adversários, em especial o Atlético, ao qual se dirigia como o "time do fim da rua", o professor José Carlos de Miranda fez por merecer os elogios que recebeu. Foi campeão, levou o time a Taça Libertadores da América e resgatou Vila Capanema para a torcida. Agora, tristemente, faz por merecer as críticas e as censuras que vem recebendo.

Que decepção causou a todos nós o presidente José Carlos de Miranda.

Pesquisa

Muito interessante o resultado da última pesquisa CNT/Sensus, que ouviu 2 mil pessoas entrevistadas em cinco regiões do país e em 136 municípios, naturalmente incluindo as grandes cidades.

Interessante porque mostrou a aproximação da torcida do Corinthians (10,5 %) com a do Flamengo (14,4%) e a confirmação de que o São Paulo (8%) ultrapassou o Palmeiras (7,2%), aparecendo o Vasco (5%) em quinto lugar.

Outras curiosidades foram a superação do Grêmio (3,9%) sobre o Internacional (2,1%) e do Cruzeiro (3,3%) sobre o Atlético Mineiro (1,5%).

Aqui, o Atlético manteve-se na liderança com (0,8%) e o Paraná (0,1%) ficou em vigésimo lugar dentre os clubes da Primeira Divisão. Distantes dos clubes mais tradicionais dos quatro pontos cardeais.

Para aumentar a sua popularidade o Atlético terá de investir mais em sua equipe, já que ficou mais do que provado que as recentes conquistas de Corinthians, São Paulo, Grêmio e Cruzeiro foram decisivas na explosão das massas.

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EFABULATIVO: Ainda chocados com o brutal e covarde assassinato do jovem Bruno, filho do companheiro Vinicius Coelho, lembramos de uma passagem em que ele foi o personagem.

Estávamos jantando na casa de Ernani Buchmann e o Coritiba jogava naquela noite, fazendo com que Bruno telefonasse constantemente para o pai passando-lhe as informações da partida. Lá pela quarta ligação, quando o Coxa já vencia por 3 a 0, não me contive e perguntei ao Vinicius Coelho:

– O seu filho, por acaso, é o Oldemar Kramer...?

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