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Assistindo alguns jogos neste início de temporada estou cada vez mais convencido da total validade das reivindicações propostas pelo movimento Bom Senso FC. A CBF e a Conmebol demonstram desprezo pela preparação das equipes e a integridade física dos atletas.

Os campeonatos estaduais – que deveriam ser disputados o ano inteiro, garantindo calendário aos times de pequeno e médio porte – se arrastam pelo baixo nível técnico e desinteresse geral e a Libertadores começou com partidas tecnicamente sofríveis.

É simplesmente impossível apresentar futebol de qualidade em tão pouco tempo de preparação. Mas como se tornou mero programa para preencher a grade das redes de televisão, que bancam todos os campeonatos, o futebol foi banalizado de tal forma que mesmo na mais importante competição continental, o Atlético, por exemplo, estreou cinco jogadores e o treinador na derrota para o Sporting Cristal. Demora para engrenar e o torcedor terá de ter paciência, enquanto os cartolas não se curvarem para as evidências do deficiente calendário futebolístico sul-americano.

O pior é que estamos num impasse, pois enquanto os jogadores pedem maior respeito profissional, com um calendário racional ao longo do ano, sem atropelos de datas em torneios superpostos, os dirigentes alegam que os clubes assumiram compromissos financeiros para bancar os craques e os elencos em geral, necessitando seguir as determinações da CBF. Mesmo porque a maioria dos grandes clubes, sempre mal administrados, antecipa em anos os pagamentos da televisão.

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Efabulativo: A confraria Amigos da bola, liderada pelo capitão Hidalgo, reúne inúmeros ex-jogadores, gente da imprensa esportiva e amigos em geral para colocar a conversa em dia e homenagear alguns personagens ilustres do futebol paranaense.

Depois de Oberdan, Célio, Sicupira, desembargador Antonio Loyola – que na juventude foi preparador físico do Coritiba e do Colorado – e outros, segunda-feira a noite será rubro-negra, quando todos vão abraçar os antigos atacantes Jackson, do Furacão de 1949, bicampeão paulista pelo Corinthians em 1951-52; e Boluca, do título estadual de 1958. Jackson do Nascimento virou lenda atleticana pelo seu estilo clássico de jogar e Boleslau Sliviani adotou a advocacia e a crônica esportiva como profissão, escrevendo coluna diária durante 50 anos na Tribuna do Paraná.

Com grande senso de humor, Boluca criou em seu programa na antiga Rádio Marumbi um quadro intitulado Zero e Dez. Zero para quem era criticado, Dez para quem merecia. Um dia ele entrou no tabelionato de Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro, então presidente da Federação Paranaense de Futebol, com um documento na mão:

– Motinha, reconheça essa firma de graça senão te dou uma nota Zero na Hora da Bola e acabo com o seu prestígio...!

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