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Todo atleticano, vivo ou morto, sempre sonhou em ser campeão no Alto da Glória com o placar agregado de 5 a 0.

Sempre foi um sonho, só que se tornou realidade depois de duas vitórias incontestáveis, sobre o maior e mais respeitado rival de todos os tempos. Um banho de bola na Arena da Baixada e uma apresentação madura como visitante.

Nem o professor Carrilho nos seus maiores delírios, Jofre Cabral em espasmos de incontida superioridade, Rubens Passerino Moura em acesso de euforia, Tonico Lück em momento de êxtase, Valmor Zimerman completamente arrebatado, ou Marcos Coelho em transe, poderiam imaginar uma conquista desta magnitude.

Capitão Maneco Aranha, adversário ferrenho do grande Antonio Couto Pereira, Onaireves Moura, João de Oliveira Franco e José Carlos Farinhaque festejaram o título de campeão no Alto da Glória.

Mas nenhum deles, nesta ou em outras vidas que porventura possam ter, sonhariam em ganhar dos coxas de maneira tão desconcertante.

Mario Celso Petraglia merecia este título, assim como Salim Emed mostrou que é pé quente. Foi o título de sonho do Atlético em seus 92 anos de existência.

O jogo

Otávio, a maior revelação do futebol paranaense e melhor jogador do Furacão, recebeu cartão amarelo aos quatro minutos. Foi a senha: o time de Paulo Autuori estava ligado e mostrou-se preparado.

Em seguida Leandro perdeu gol imperdível levando a torcida coxa-branca ao desespero. Mas Walter também desperdiçou uma chance daquelas. Porém, voltando a jogar bem, Walter abriu a contagem com estilo e deu assistência para o segundo gol, feito pelo iluminado Ewandro.

Muitos torcedores deixaram o estádio no intervalo, demonstrando descrença na reação do Coxa na etapa complementar.

Os fiéis aficionados que permaneceram nas arquibancadas, testemunharam uma atuação digna dos profissionais do Coritiba, que lutaram até o fim mesmo sabendo que jamais conseguiriam reverter a vantagem do adversário. São muitas as carências individuais da equipe de Gilson Kleina.

O Atlético aliou experiência, eficiência e talento para superar antigos traumas experimentados ao longo dos anos no velho clássico. Prova de que com sabedoria e boa técnica não há complexo que resista.

Cabe menção honrosa ao treinador Paulo Autuori que assumiu o comando de um time taticamente desorganizado, desmotivado e sem perspectiva futura.

Conseguiu dar padrão de jogo, por muito pouco não foi campeão da Primeira Liga e mostrou impressionante evolução nos confrontos decisivos do Estadual.

Nos duelos com o Coritiba, o Rubro-Negro sobrou em campo.

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