O Campeonato Brasileiro ainda não chegou na metade e a maioria dos clubes está em crise. Crise que provoca a queda de um técnico por rodada e agrava a situação dos times na tábua de classificação.
Muitos atravessam fase técnica negativa que pode ser temporária; outros repetem os dramas vividos em temporadas anteriores, revelando incapacidade para resolver os problemas; e todos reclamam da falta de recursos financeiros para a contratação de melhores jogadores.
É a dura realidade de um futebol tecnicamente esvaziado pelo impressionante êxodo de jogadores, o demorado processo de reposição nas categorias de base e a tentativa desesperada com a contratação de veteranos que já não apresentam o mesmo rendimento do passado.
Ouvindo o discurso perturbador de diversos dirigentes tentando explicar ou contornar a crise técnica das equipes, lembrei-me de antiga anedota escocesa que era aplicada nos tempos de ouro de Hollywood, quando algum diretor de cinema estava em dificuldades, para melhorar a qualidade dos diálogos nos filmes.
O macete ou artifício era utilizado para confundir as pessoas e não acrescentar nada que pudesse mexer na estrutura do argumento do filme. Era conhecido como MacGuffin, escocês legítimo.
Consistia na evocação de um nome escocês e poderia ser ilustrado por uma anedota sobre dois homens num trem: "Um pergunta ao outro: O que é esse pacote que você colocou na sacola?" O outro:
"Ah, isso ! É um MacGuffin". Então, o primeiro indaga: "O que é um MacGuffin?" O outro responde: "É um artefato para caçar leões nas montanhas da Escócia". O primeiro surpreso: "Mas não há leões nas montanhas da Escócia". O outro conclui: "Nesse caso não é um MacGuffin".
Ou seja, MacGuffin é absolutamente nada. É um arranjo para tentar quebrar qualquer galho e mudar de assunto.
Rodada
As preocupadas torcidas de Atlético e Coritiba colocaram a prêmio as cabeças de Waldemar Lemos e René Simões. De certa forma aliviaram para o lado dos dirigentes e, sobretudo, dos jogadores, já que o que mais se ouve falar é nos equívocos cometidos pelos treinadores nas últimas partidas.
Concordo em parte com a perda de prestígio dos comandantes. Afinal, o Coritiba tem se apresentado relativamente bem no conjunto, mas falhado em demasia nos arremates a gol e isso não é responsabilidade do técnico. Se Ariel se machucou e Bruno Batata, Marcos Aurélio e Hugo, pela ordem de entrada, não resolvem, é o caso de contratar alguém do mesmo nível de Marcelinho Paraíba.
O Atlético, sim, vem jogando muito mal e o técnico tem cometido erros na montagem do sistema defensivo, se bem que a qualidade da maioria é de fazer o torcedor chorar lágrimas de esguicho, como dizia Nelson Rodrigues.
O Goiás, no Serra Dourada, e o Botafogo, no Alto da Glória, são adversários muito perigosos.
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