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A seleção brasileira realizou boa apresentação no primeiro tempo e fez o placar em cima do Uruguai, mas em vez de liquidar a fatura na busca do terceiro gol acabou recuando, cedendo espaço até sofrer o empate e levar a decisão para as penalidades. Na série de cobranças, falharam as "descobertas" de Dunga, Afonso e Fernando, mas o aproveitamento dos demais cobradores foi excelente e o goleiro Doni adiantou-se, providencialmente, no pênalti mal batido por Lugano, remetendo o Brasil para a final da Copa América. Com esse time será um drama até o fim do torneio.

Sem energia

O Coritiba iniciou motivado e deu a impressão de que conseguiria alcançar bom resultado em Criciúma. Sentimento que aumentou após a marcação do gol de Gustavo, em lance de oportunismo e eficiência na finalização.

Pouco a pouco, entretanto, o líder do campeonato reencontrou-se, começou a encaixar as jogadas no ataque e virou a contagem ainda no primeiro tempo. No começo do segundo, o terceiro gol que selou a sorte a favor do Criciúma. Faltou ao time coxa-branca, mais uma vez, energia fora de casa.

Pintado alerta

A experiência de poupar alguns jogadores titulares contra o América provocou desgaste no técnico Pintado. E foi um trauma absolutamente desnecessário, já que não houve uma justificativa mais robusta para a escalação do time sem alguns titulares.

Nada que um triunfo sobre o Figueirense, amanhã, deixe de resolver, porém alguns questionamentos foram feitos pela mídia e, sobretudo, pelos dirigentes.

Primeiro, pelo simples fato de o Paraná ter perdido para a frágil equipe de Natal. Segundo, porque, mesmo sem jogar bem frente ao Fluminense, arrancou o empate e voltou em condições de vencer com certa tranqüilidade.

Fica então a pergunta: Por que, afinal, Pintado poupou jogadores que não fazem outra coisa na vida e que, pela alimentação balanceada, cuidados especiais no campo da fisiologia e da medicina, condicionamento físico e concentração, vivem tinindo fisicamente?

Rápido no gatilho, para evitar outras indagações, Pintado veio à boca de cena e admitiu que se equivocou prometendo jogar sempre com o que tiver de melhor à sua disposição.

A torcida ficou apreensiva, mas confia na capacidade de recuperação da equipe mesmo reconhecendo o peso técnico do Figueirense.

Com certeza, teremos uma partida de bom nível na Vila Capanema.

Poder e querer

Mesmo diante dos clamores da torcida, a diretoria do Atlético mantém a sua política de não investir na contratação de jogadores acima dos padrões salariais do clube.

Ocorre que a diretoria vem tendo o seu prestígio corroído na mesma medida que o time decepciona dentro de campo. Seria o caso, salvo melhor juízo, de fugir um pouco da política adotada e buscar soluções mais rápidas para setores carentes do time. Por exemplo, o armador Kelly, que foi para o Grêmio, poderia ajudar muito. Somado a Ferreira e Alex Mineiro enriqueceriam a peça ofensiva rubro-negra.

Se tivesse alargado um pouco mais a faixa salarial, provavelmente o Furacão teria tido melhor sorte nos dois últimos campeonatos estaduais ou na Copa do Brasil, nos quais acabou eliminado em plena Arena da Baixada.

Pelo que se sabe, há poder financeiro para a formação de um grande time, no mesmo nível desses que andam liderando o campeonato ou ganhando títulos ultimamente. Precisamos descobrir se os homens do Atlético querem, efetivamente, disputar títulos e voltar a dar alegrias ao torcedor. Se querem, estão perdendo tempo e dinheiro.

Tempo, porque a torcida cansou de tanta mediocridade e, contrastando com a forte e bem elaborada campanha para conquistar novos sócios, a torcida cansou de tanta mediocridade e afasta-se cada vez mais dos jogos na Arena da Baixada; e, dinheiro, porque os diversos jogadores medianos que entraram, saíram e retornaram ao CT do Caju custaram caro.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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