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As lentes com as quais se enxerga o momento do campeonato indicam a luta pela hegemonia entre a capital e o interior.

Vitorioso nas últimas temporadas, com os títulos de Londrina e Operário, o futebol do interior entra fortalecido na fase decisiva.

O lado triste ficou por conta de Operário e Maringá, duas grandes praças, rebaixados com campanhas pífias.

Como curiosidade, vale registrar que o Fantasma repetiu o feito negativo do Coritiba no Brasileiro: campeão em 1985 acabou em último lugar no seu grupo em 1986. Desta vez, o tradicional time de Ponta Grossa não conseguiu evitar a última colocação, apesar do triunfo sobre o Foz do Iguaçu.

O Paraná recuperou a liderança da fase na última rodada [imaginando que o Londrina perca os seis pontos no STJD] graças ao seu resultado e à goleada sofrida pelo J. Malucelli. Foi merecido o título simbólico do Tricolor que, de todas as partidas, só decepcionou inteiramente na derrota para o Coritiba.

Agora, o Paraná cruzará com o Foz, reunindo absoluto favoritismo.

O J. Malucelli, que tem demonstrado falta de pegada nos momentos de decisão – foi assim em 2009 quando caiu em Rolândia e entregou o título de bandeja para o Atlético –, vai enfrentar o surpreendente PSTC. E sem favoritismo escancarado. Apenas uma leve vantagem para o time de Ary Marques, que sabe tirar proveito quando joga em seu estádio.

O grande favorito, ao meu sentir, tornou-se o Coritiba.

Primeiro porque os jogadores finalmente entenderam a proposta de Gilson Kleina e voltaram a jogar com determinação. Segundo porque, ao contrário do ano passado, quando chegou frouxo para as finais com o Operário, desta vez o time parece mordido.

Pelo menos foi o que deu para perceber nos dois últimos jogos em que engoliu o Furacão em plena Arena da Baixada e não cedeu ao esforço do desesperado Maringá na tarde de ontem no Alto da Glória.

Problema para o Toledo, que se classificou na última rodada e terá o desafio de desbancar o maior colecionador de títulos do futebol paranaense na próxima etapa do campeonato.

Finalmente o duelo mais atraente reunindo Atlético e Londrina.

O Tubarão, todos sabem, foi prejudicado pela perda de pontos por um erro administrativo na escalação de jogador sem condições. Mas mostrou capacidade de reação, não se curvou às dificuldades e encerrou sua participação com uma goleada reconfortante sobre o competitivo J. Malucelli.

O Atlético tem desafiado a lógica. Foi o clube que mais investiu e decepciona fortemente no estadual, ao mesmo tempo em que se qualificou para a final da Primeira Liga.

O time de Paulo Autuori lembra a Esfinge do Egito: “Decifra-me ou te devoro”. Édipo, rei de Corinto, desconhecia o jogo dos deuses.

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