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Eis um dos mais deliciosos lugares-comuns do futebol para tentar justificar resultados negativos, dentro do peculiar vocabulário dos jogadores: "É a fase". Fase ruim, claro, já que quando a equipe desanda a colher resultados satisfatórios ninguém se lembra de dizer que a fase é boa.

Na alta, dirigentes, técnicos e jogadores tratam de cultivar a glória, de aproveitar os espaços na mídia e badalar enquanto a fase durar.

Na baixa, os mesmos personagens procuram fugir dos holofotes e tratam de procurar justificativas para os resultados insatisfatórios.

Atlético e Paraná, que comeram o ‘pão que o diabo amassou’ nos primeiros meses do ano por conta do rosário de erros cometidos pelos seus dirigentes, estão no limiar de uma nova fase. A luzinha começou a aparecer no final do túnel, de forma mais animadora na Baixada do que na Vila Ca­­pa­­nema.

No lado paranista ainda pairam algumas dúvidas em torno do elenco. Mas ninguém consegue afastar o mérito de Ricardo Pinto na transformação do ambiente e, sobretudo, no rendimento da equipe. Aliás, o novo técnico foi exageradamente cobrado pela sua atuação no confronto com o Cori­­tiba. Parece que o pessoal preferiu esquecer o fato de Ricardo Pinto ter assumido o comando de um time que simplesmente não havia vencido uma única e mísera partida na temporada.

Ele não só classificou o time para a próxima fase da Copa do Brasil como deu um alento aos torcedores quanto à possibilidade de afastar-se do rebaixamento no campeonato estadual. Deixem Ricardo Pinto trabalhar em paz.

O mesmo se aplica a Ge­­ninho que aos poucos vai recuperando a confiança dos jogadores e ajustando as linhas de uma equipe abalada pelos altos e baixos.

Invicto no comando do Atlético, Geninho sabe que ainda tem muito a fazer no setor defensivo, mas também sabe que ganhou importante reforço na meia-cancha com a chegada de Róbston e o ataque vem correspondendo.

Nada excepcional, verdade, mas a apresentação diante do Paulista foi muito positiva. Se o maior drama era vencer e convencer, o triunfo no interior paulista não deixou margem para dúvidas de que o Furacão esta em fase de recuperação.

Poderia ter construído maior escore não fossem as oportunidades desperdiçadas, especialmente por Nieto, que foi eficiente nos cabeceios, porém deficiente nas finalizações com os pés.

O que conta é o conjunto e com o empenho de todos, logo, logo, a fase ruim vai passar. Será importante o teste de amanhã, na Arena da Baixada, com a boa equipe do Operário, de Ponta Grossa.

Geninho esta no caminho certo e sem receio de tentar algo novo. Homem experiente, ele sabe que a Arca de Noé foi construída por um amador, e o Titanic por um grupo de profissionais.

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