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Antes de tratar da reabilitadora vitória do Atlético, registro com tristeza a forma como foi interpretado o diálogo entre Júlio Baptista e Cris durante o jogo em que o Vasco venceu o Cruzeiro. Em nenhum momento o Cruzeiro deixou de encarar o compromisso com seriedade e surgem levianas as insinuações de alguns cronistas com espírito de patrulhamento moral que lamentavelmente assola o país nos últimos tempos. Pega muito mal esse tipo de comportamento, afinal o que ainda resta de elogiável no atual futebol brasileiro é o alto grau de profissionalismo dos membros das comissões técnicas dos clubes e dos jogadores em geral. O movimento Bom Senso FC apresenta iniciativa séria e criativa para tentar mexer com as arcaicas estruturas da CBF que só tem olhos para a seleção e a Copa do Mundo, desprezando até aqui as reivindicações para a formatação de um calendário futebolístico racional.

Em Joinville o Furacão soube tirar proveito da fragilidade técnica do Náutico e aplicou bonita goleada em ritmo de rachão. O time de Vagner Mancini começou jogando mal, errando muitos passes e levou 25 minutos para abrir a contagem através de um cabeceio de Zezinho. Daí para frente a equipe descontraiu-se, acertou a marcação, melhorou a circulação de bola e, sobretudo, o fundamento do passe, iniciando um treinamento coletivo de luxo para a finalíssima da Copa do Brasil.

Quem soube aproveitar a oportunidade recebida foi o meia Felipe, não apenas pelos dois gols marcados, o primeiro em jogada de categoria e o segundo aproveitando requintada assistência de Paulo Baier, que lançou a bola com o ombro direito para os pés do companheiro que finalizou com precisão, mas pela movimentação, indicando que pode ser o substituto de Everton contra o Flamengo.

Sem pontaria

O empate sem gols entre Internacional e Coritiba refletiu fielmente a inoperância ofensiva das equipes em Caxias do Sul.

Com mais posse de bola e procurando a marcação do gol desesperadamente, o time gaúcho criou muitas oportunidades que acabaram desfeitas nas mãos do goleiro Vanderlei, o maior destaque da partida. A ansiedade de todos e a limitação técnica de alguns fez com que o Inter pressionasse, sem chegar a meta adversária com sucesso.

O Coxa limitou-se a manter um cinturão defensivo rígido, com destaque a atuação individual do volante William em plano elevado contrastando com as presenças apagadas de Alex e Deivid, ilustres personagens que estiveram abaixo de suas possibilidades e pouco mostraram de positivo.

O ala esquerdo Carlinhos foi quem procurou puxar o Coritiba para o ataque, mas não contou com a ajuda dos companheiros que, no final das contas, ficaram satisfeitos com o empate fora de casa na estréia de Tcheco como treinador.

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