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Data: 22 de abril; horário: 16 horas; local do encontro: Estádio Couto Pereira ou qualquer outro lugar. É só esperar para ver, pois o próximo clássico entre Coritiba e Atlético, ao invés de movimentar as torcidas, colorir a cidade proporcionando alegria a todos, será, tristemente, marcado pela selvageria das torcidas organizadas. De nada adiantam o código penal vigente, o estatuto do torcedor ou leis complementares, pois esse verdadeiro arsenal de regras e disposições legais na prática não funciona. A polícia joga a culpa na falta de estrutura para atender todos os bairros, os governos municipais e estaduais se omitem e o federal diz que não é com ele. E dá-lhe quebra-quebra em dias de Atletiba ou qualquer outro clássico tradicional do futebol brasileiro. Tornou-se perigoso para qualquer pessoa transitar em dias de grandes jogos.

O constante jogo de empurra entre as autoridades, a falta de maior contingente policial nas ruas das principais cidades, a ausência de investimentos no aparelhamento de segurança do país e o descumprimento das leis só fazem aumentar a disposição dos baderneiros que azucrinam a vida de todos e prejudicam a imagem do futebol. Domingo foram dois mortos antes do jogo Corinthians e Palmeiras, mas isso, lamentavelmente, não passa de estatística aos olhos das autoridades que se mostram incapacitadas para reprimir a violência e evitar a banalização do crime através de encontros marcados pelas torcidas organizadas.

Falta inteligência preventiva para o aparelho policial, recursos para a agilização do trabalho e, sobretudo, vontade política para acabar de uma vez por todas com esse autêntico tormento para a população em geral. As leis existem e estão aí para ser cumpridas, porém, sem prevenção, repressão, prisão, julgamento e a punição severa dos culpados, tudo continuará rigorosamente do mesmo jeito. A propósito, os responsáveis pelos quebra-quebras em terminais de ônibus no último Atletiba foram, por acaso, presos e condenados pelos danos causados ao patrimônio público e privado?

Rodada

A rodada do meio de semana foi apenas uma repetição do que vem acontecendo: o Coritiba venceu com futebol minguado e que provocou vaias da torcida; o Londrina, com pouca ambição para se credenciar, efetivamente, como candidato ao título; o Atlético vencendo, mas mostrando diversos furos e a instabilidade do técnico Juan Carrasco; e os demais como meros coadjuvantes de um campeonato chato e arrastado. E tem mais no fim de semana: o líder Londrina deve reabilitar-se em cima do debilitado Toledo, da mesma forma que o Coxa dificilmente encontrará problemas para superar o Rio Branco, em Paranaguá, e o Atlético diante do quase rebaixado Iraty, na Vila.

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