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O Coritiba resolveu ingressar no século 21. Só não sabe se fará um novo estádio ou um estádio novo.

Um novo estádio implicará na saída do Alto da Glória, enquanto um estádio novo seria a reconstrução do velho Couto Pereira.

O futebol brasileiro apresenta uma coleção de experiências de mudanças.

A dupla Gre-Nal, por exemplo, deu-se bem com a troca da Baixada pelo Olímpico e dos Eucaliptos pelo Beira-Rio, mas o Botafogo quase desapareceu ao sair de General Severiano e perambular durante décadas por Marechal Hermes e Niterói, até encontrar o ninho no moderno Engenhão.

Atlético e Paraná também pagaram o pedágio por acreditarem no projeto do Pinheirão e tiveram de voltar para casa antes que fosse tarde demais.

A idéia de reformar o antigo estádio parece tocar mais fundo nos corações coxas, mas não está descartada a hipótese da construção de uma nova praça.

Como sou conservador e acredito na influência da mística dos grandes clubes, optaria por uma ampla reconstrução do Alto da Glória, onde o Coritiba forjou a sua identidade e escreveu rica história no cenário futebolístico nacional.

Maiores cobranças

Apertem os cintos e preparem-se pelo que vem pela frente.

Não, não estou falando da crise econômica mundial que chegou ao Brasil. Estou apenas alertando o torcedor para as emoções que estão reservadas nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Pela primeira vez, na fórmula por pontos corridos, temos cinco candidatos potenciais ao título.

A cada rodada serão maiores as cobranças em cima de técnicos, jogadores e, especialmente, árbitros. Sim, dos árbitros, estes senhores que entram em campo para preservar a integridade física dos jogadores e garantir o sucesso do espetáculo, mas que, não raras vezes, deixam de tomar providências e erram feio.

Fiquemos com apenas dois lances capitais da última rodada: no Olímpico, jogavam Grêmio e Botafogo quando o gremista Léo atropelou o botafoguense Jorge Henrique com uma cotovelada e uma pisada. O que fez o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes ?

Expulsou corretamente o agressor e, incompreensivelmente, também expulsou o pobre agredido.

Na Vila Belmiro jogavam Santos e Atlético quando o ala Kleber, do Santos, invadiu a área adversária, seguido de perto pelo atleticano Renan e ao tentar a finalização errou a bola e caiu sentado no gramado. O que fez o árbitro carioca Djalma Beltrami? Apitou uma penalidade máxima inexistente.

É impressionante a incapacidade do apito brasileiro.

Temos juízes que não têm juízo e árbitros que não arbitram, cometendo erros primários de avaliação e de interpretação. Ou seria de visão ?

Temos um dado concreto para analisar: os juízes ou árbitros – e temo que eles não sejam uma coisa nem outra – servem de estimulo para a insatisfação dos jogadores e, pior, dos torcedores.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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