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Para consagrar-se campeão brasileiro, em 2001, o Atlé­­tico contou com uma respeitável dupla de artilheiros: Kléber Pereira e Alex Mineiro. E tinha mais munição na reserva com Ilan, Adauto e Dagoberto.

Para chegar ao vice do Brasil­­ei­­ro, em 2004, o Atlético contou com o recordista da história do campeonato: Washington com 34 gols marcados vestindo a camisa rubro-negra.

Desta feita, mesmo realizando campanha com êxito, o Furacão não dispõe de nenhum goleador. Antes, pelo contrário, tem vivido dos gols marcados por jogadores de todas as posições, mas raras vezes de atacantes. Contra o Vitória, ao dominar amplamente o jogo e esboçar uma goleada, novamente a equipe ressentiu-se da falta de melhores finalizadores para tornar realidade os ambiciosos planos ofensivos do técnico Carpegiani. O gol da vitória foi do zagueiro Rho­­dol­fo.

Lamenta-se a ausência de pelo menos um finalizador capacitado, tendo em vista as diversas tentativas e experiências mal-sucedidas nos últimos meses, tanto com jogadores nacionais quanto estrangeiros.

Se contasse com um bom especialista para aproveitar as inúmeras oportunidades criadas para a marcação de gol a cada partida, certamente a campanha atleticana, que é boa, poderia ser melhor.

Sabemos que artilheiros tornaram-se raridade, tanto que o principal da temporada marcou apenas 14 gols até agora – Jonas, do Grêmio –, seguido do corintiano Bruno César, com 11. Na fila ainda estão Washington – incansável matador –, do Fluminense, e Elias, do Atlético Goianense, com 10.

Risco real

Pela primeira vez, desde que caiu para a Série B, vejo o Paraná com risco real de baixar de divisão. Nem tanto pelas condições técnicas, mas pelo ambiente tenso e carregado que tomou conta da Vila Capanema.

Na verdade o clima anda pesado há muito tempo, apenas agravado pelos atrasos na folha de pagamento que provocaram greves de funcionários e jogadores até alcançar o clímax com a declaração do dirigente Guto de Melo, se­­gundo o qual "quem quiser, assume o departamento de futebol".

Trocando em miúdos, com o afastamento de Aramis Tissot – para tratamento de saúde – as coisas ficaram bem mais complicadas no futebol paranista.

Se a diretoria se mostra impotente e com reduzida capacidade de dotar a comissão-técnica e o elenco das mínimas condições para a realização de um trabalho satisfatório, a sorte esta lançada. No caso, a má sorte esta lançada.

Podemos esperar tudo do Paraná daqui para frente, até mesmo uma lamentável e desastrosa queda para a Série C.

Só mesmo o movimento de conselheiros com recursos financeiros e uma liderança firme proporcionará aos profissionais a tranquilidade e a segurança que eles necessitam para evitar a completa derrocada do time no campeonato.

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