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Com muita gente atrás (e com pouca gente no meio-de-campo em condições técnicas de fazer a ligação com o ataque), o Paraná tornou-se ontem à noite, no Estádio Beira-Rio, uma presa fácil para o Internacional.

A opção estratégica de Gílson Kleina foi demasiadamente cautelosa e acabou tirando a força de ataque do time. Nem mesmo após sofrer o gol alterou-se o figurino tático tricolor.

Mesmo sem ser brilhante, a equipe gaúcha foi superior e fez por merecer a vitória com gol em bela jogada individual do paranaense Alexandre Pato. Mas também foi só em termos ofensivos durante os 90 minutos.

Diante das circunstâncias táticas do Paraná, o artilheiro Josiel – 12 gols na competição – tornou-se apenas um espectador privilegiado em campo.

Patinando

Novamente mal escalado, com excessivo número de volantes e sem padrão de jogo, o Atlético voltou a patinar no Campeonato Brasileiro.

Grave, porque foram mais dois pontos perdidos na Arena depois de o time ter sofrido para alcançar a vantagem e não mostrar competência técnica para evitar o empate no último instante.

Antônio Lopes voltou a insistir com o apático Dinei e quando colocou Pedro Oldoni ele marcou o segundo gol. É inexplicável a perseguição sofrida por Pedro Oldoni pelos técnicos que passam pelo Atlético.

O ajuste do Coxa

Nos últimos jogos do Coritiba, sob o comando do técnico René Simões, observamos algumas transformações que serão determinantes na reta de chegada.

A começar pela postura tática da equipe, mais eficiente no sistema defensivo com o novo posicionamento de Anderson Lima. Além de defender e apoiar com a mesma liberdade, Lima tem se constituído na pedra de toque do time, com as cobranças de falta revelando-se fundamentais na definição dos resultados. Então, recapitulando, o experiente ex-lateral passou a jogar como líbero à frente da zaga, exercendo as funções de terceiro beque e de primeiro volante com a mesma desenvoltura. Mas tem sido no fundamento do tiro livre direto, ou da popular bola parada, se preferirem, que ele é decisivo.

Não foi diferente, anteontem, no lance da falta pela ponta esquerda que acabou nos pés de Keirrison e, na seqüência, no fundo das redes da Ponte Preta. A precisão de Anderson Lima tem sido fator de desequilíbrio a favor do projeto coxa-branca.

Ainda faltam alguns ajustes na marcação, da mesma forma que a meia-cancha continua alternando bons e maus momentos. Um pouco pelo baixo rendimento de Pedro Ken, que tem corrido muito e acertado menos; um pouco pela indefinição de Marlos, jogador hábil, inteligente e criativo, mas que ainda não conquistou a confiança do técnico. Só que René Simões não pode demorar muito.

De uma forma geral, o saldo do Coxa é positivo. Mas todo cuidado será pouco, pois a amarga sensação do ano passado não deve ser esquecida.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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