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Desde que o futebol pa­­ranaense conseguiu colocar a cabeça para fora (na virada do sé­­culo, com a consolidação do Paraná como clube, o retorno do Coritiba à Libertadores e a afirmação do Atlético como potência emergente: campeão e vice brasileiro, vice da Liber­­tadores, CT do Caju e Arena da Baixada inaugurados), acreditamos que a boa fase tivesse vida longa.

Infelizmente, o período foi curto e os três principais times do estado diminuíram de tamanho nos últimos anos. O Coritiba caiu duas vezes para a Segundona, o Paraná não mostra sinais de que vai retornar tão cedo à Primeira e o Atlético passa o ano inteiro lutando contra o rebaixamento.

Mas se de maneira geral o momento é menor para o futebol paranaense, completando-se com a decepcionante nova gestão da Federação, os dirigentes dos clubes poderiam, ao menos, mostrar um pouco de inspiração na escolha dos reforços.

Impressiona a quantidade de maus jogadores contratados, gerando custos e despesas sem solucionar o problema técnico das equipes.

Quando alguma contratação apresenta resultados satisfatórios, e elas acontecem de vez em quando, é festejada mais pela exceção do que pelo rendimento do jogador.

Na outra ponta a agravante é o baixo nível técnico da maioria das revelações das categorias de base.

Existem deficiências no ensinamento dos fundamentos básicos dos jogadores que, mesmo sem ser tecnicamente brilhantes, poderiam render mais se fossem mais bem formados.

Preocupam-se em demasia com o condicionamento físico dos jovens em vez do aperfeiçoa­­mento do trabalho com bola.

Os clubes investem razoavelmente no setor e mantém grandes estruturas na tentativa de descobrir novos talentos, po­­rém os resultados têm sido tímidos. Na maioria dos casos, absolutamente decepcionante diante da escassez de valores individuais. Não aparecem bons goleiros, alas, armadores e, sobretudo, atacantes com faro de gol.

Os poucos bons de bola não chegam a esquentar o lugar, destacando-se que o Paraná praticamente transformou-se em clube de alta rotatividade com os seus juniores, que nem bem estreiam e já são negociados.

O Atlético, com toda a pompa e o alto investimento do CT do Caju, proporcionalmente tem mostrado poucos resultados em termos de revelações. Um ou outro conseguiu firmar-se no time titular nas últimas temporadas e a melhor safra acabou sendo a última com Ma­­noel, Neto e Alex Sandro que, não por acaso, foi vendido antes de defender a equipe principal pelo menos durante o campeonato inteiro.

E a política de contratações é assinalada pelo bom, bonito, barato e ruim de bola.

Já passou da hora de os dirigentes reconhecerem as suas limitações, procurar assessoramento com pessoas mais experientes e com maiores conhecimentos futebolísticos, antes de embarcar em aventuras com indicações de empresários e agentes que poluem o ambiente.

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