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Diante da enxurrada de explicações apresentadas após os melancólicos em­­pates de Paraná e Atlético na largada da Copa do Brasil, o título do artigo de hoje poderia ser "Ex­­plica, mas não justifica" ou "Me engana que eu gosto".

Para começar, parece que eles ensaiaram no domingo com aquele futebol de segunda categoria, depositando na conta do calor, do gramado ruim e da má arbitragem os pecados técnicos do "clássico".

Pois Atlético e Paraná repetiram tudo igualzinho diante dos valorosos Vilhena-RO e Cerâ­­mica-RS, respectivamente.

Quando o técnico elogia o time adversário, desconfie. Se não for um supertime do outro lado, desconfie mais ainda. E foi exatamente o que fez o técnico Marcelo Oli­­veira, que teceu loas ao "Tricolor de Gravataí" que disputa a Segun­­da Divisão do futebol gaúcho.

Com a bola rolando, nada de futebol e o empate que fez justiça ao que se viu em campo.

Para tentar justificar o sofrido empate com o dinâmico Vi­­lhena, os jogadores atleticanos culparam a viagem, o calor, a chuva, o estado precário do gramado, o peso das camisas en­­charcadas com a água da chuva, o árbitro e a garra do adversário. Só esqueceram de mencionar as próprias chuteiras e a bola, essa malvada que atrapalha a vida de tantos talentos no futebol.

O técnico Antônio Lopes, que disse ter gostado do comportamento da equipe tanto no "clássico" quanto em Rondônia, manteve a base.

A mesma base que quase levou o Furacão para a Segun­­dona nacional nos últimos anos. Mas como mexer na base se os dois gols foram de autoria de jogadores com cadeira cativa: dois cruzamentos de Netinho – a perspicácia da bola parada – e gols de Rhodolfo e Chico.

A base ficou desfalcada de Nei, Marcinho e Wesley, mas continua intacta para a comissão técnica que reina no CT do Caju.

Boba foi a diretoria que in­­vestiu na contratação do zagueiro Va­­negas, do meia Tartá e dos atacantes Serna e Javier Toledo. Menos mal que Bruno Mineiro tenha ficado com a vaga de Patrick, momentaneamente fora da base.

Nesta marcha, o Paraná en­­con­tra-se na nona colocação do Cam­­pe­onato Paranaense e o Atlé­­tico na segunda posição, mas sete pontos atrás do Coritiba.

Via crucis

É lamentável o descaso dos burocratas do Superior Tribunal de Justiça Desportiva com o drama vivido pelo Coritiba.

Além da agonia de estar aguardando a definição da data para o julgamento do recurso contra a impressionante pena com a perda de 30 mandos, o clube paranaense não consegue levantar a interdição do Estádio Couto Pereira.

A vistoria foi feita e o clube co­­­­­­­­municado de que as condições do estádio estão de acordo com as exigências da CBF, porém o STJD não decide pela liberação do Alto da Glória.

Enquanto isso, o Coxa continua acumulando prejuízos e se desgastando com a disputa de partidas em estádios pequenos e com péssimos gramados.

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