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Fim de ano melancólico para a torcida atleticana, que viu o time sub-23 perder mais um título estadual com a justificativa de que os titulares estavam se preparando para as disputas da Libertadores e da Copa do Brasil.

O Atlético fracassou no torneio continental, apesar do baixo nível técnico dos adversários, e conseguiu ser eliminado da competição nacional pelo singelo América-RN, que acabou rebaixado na Série B. Novos sustos no Brasileiro, com inexplicável troca-troca de treinadores e campanha irregular, afastando-se do risco maior apenas na parte final do campeonato.

Com as negociações dos principais jogadores, aguarda-se a composição do novo elenco. Menos mal que Claudinei Oliveira seguirá no comando – se bem que ele sugeriu que o time principal disputasse algumas partidas do Estadual para adquirir ritmo de jogo, pedido negado pela presidência do clube, que parece considerar-se o alfa e o ômega do Furacão – o princípio e o fim de tudo.

Fim festivo

Salvo do desastre pelo terceiro ano consecutivo com todas as luzes do painel de controle acesas, o Coritiba tenta fazer do limão uma limonada: comemorar a fuga do rebaixamento ao mesmo tempo em que se despede do craque Alex. Ou, por outra, Alex é que está dando adeus profissionalmente como atleta, mas indica claramente que deve seguir ligado ao futebol, como treinador, supervisor ou dirigente. Tudo depende do resultado da próxima eleição ou de receber proposta de algum clube de fora.

Histórico bem construído, carreira exemplar, racionalidade analítica dos fatos e carisma são ingredientes que preenchem o portfólio de Alex, um desses personagens marcantes e raros no futebol moderno. Antigamente era mais fácil identificar atletas com personalidade – Bellini, Mauro, Valdemar Fiúme, Fedato, Tocafundo, Didi, Carlos Alberto, Gerson, Falcão, Dunga –, que exerciam liderança dentro e fora do campo. Hoje em dia a maioria dos jogadores parece alienada, refém dos agentes e empresários, brincando no telefone celular ou dando declarações inconsistentes. Foi-se o tempo dos grandes capitães, pois até Thiago Silva teve convulsões de choro durante a execução do Hino Nacional na última Copa do Mundo. Parabéns, Alex!

Fim mesmo

As pessoas que operam a administração do Paraná devem ter consciência do risco que estão correndo, pois a continuar do jeito que vem se comportando nos últimos anos, o fim de um grande clube pode estar mais perto do que se imagina. Não digo o fim completo, como aconteceu com outras associações tradicionais no passado, mas o fim do ciclo de vitórias, conquistas e glórias como vem acontecendo paralelamente com Portuguesa, Botafogo e outras tradições do futebol brasileiro.

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