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A sorte cansou de ajudar o futebol brasileiro e cruzou os braços, em neutralidade mascarada pelo seu capricho.

Depois da boa sorte da seleção na busca do pentacampeonato mundial, os campeões intercontinentais São Paulo, Internacional e Corinthians, que foram completamente dominados nas finais, mas voltaram com o título, o mau agouro começou a apertar o coração da torcida brasileira.

Eliminações nas duas copas seguintes, o vexame dos 7 a 1 para a Alemanha em pleno Mineirão e a queda vertical do padrão técnico nacional.

As perdas na Copa América e a derrocada dos nossos times na Libertadores em andamento apenas confirmam a tendência da “mala surte”.

Claro que todos sabem que não se trata de mera circunstância aziaga, mas a constatação objetiva que com o atual nível técnico a seleção e os times chegam até onde podem e não abanam as ilusões de quem enxerga futebol sem paixão.

A roda da fortuna desandou, amiudando os sinais de que ela pendia para a imparcialidade. Os sinais cabalísticos da superstição se repetiam como advertência desde a choradeira dos jogadores brasileiros durante a execução do hino nacional nas partidas da Copa de 2014, como um patuá de estimação.

As lágrimas derramadas por Messi no mais recente fracasso da seleção argentina, contrastaram com a incontida felicidade dos chilenos bicampeões da Copa América. Como escreveu La Nacion, de Buenos Aires: Los inchas pidieron a Messi que revea su renuncia a la selección; el clamor popular tapo la frustración por otra derrota .

Atravessamos o Atlântico ou, modernamente, cutucamos o controle remoto e mudamos de canal: o esplendor da Eurocopa com suas diversas surpresas.

A adorável Islândia, o arrebatador País de Gales até chegarmos a final latina entre França e Portugal.

Entre uma meleca e outra, artesanalmente retirada das narinas, o técnico alemão Joachin Löw viu impotente a queda dos campeões mundiais diante dos donos da casa.

Müller e Schweinsteiger que voaram pelos gramados brasileiros na vitoriosa jornada de dois anos atrás estiveram bem abaixo de suas possibilidades no jogo semifinal com a França.

Com o goleiro Lloris lembrando os melhores momentos de Barthê e Griezmann interpretando o papel de craque os franceses chegam embalados para a decisão no Stade de France, em Saint-Denis.

Fernando Santos juntou os cacos do que restou da seleção portuguesa depois da péssima campanha sob o comando de Paulo Bento e surpreendeu com estilo de jogo moderno.

Tecnicamente a equipe portuguesa – ou a equipa, como dizem os lusos – não chega a ser brilhante, porém conta com um jogador espetacular e bem acima da média: Cristiano Ronaldo.

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