A torcida atleticana foi em grande número à Arena da Baixada e viu, transida, o time classificar-se, mais uma vez, para a Copa Libertadores da América.

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Festa bonita nas arquibancadas, teto retrátil fechado, homenagens tocantes às vítimas do acidente que abalou a todos, o escudo verde da Chapecoense no rubro-negro da camisa e bola em jogo.

Houve comemoração pelo feito, mas ficou uma pontinha de frustração com o baixo rendimento técnico da equipe no empate sem gols com o Flamengo.

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Na realidade a sensação de receio manteve-se entre os torcedores até que se anunciou a virada definitiva do Cruzeiro sobre o Corinthians e, consequentemente, a garantia da vaga sofrida para o Furacão.

O Flamengo começou melhor e logo aos cinco minutos Éverton acertou um cabeceio no travessão da meta de Weverton. Tenso e desconcentrado o Atlético demorou para equilibrar as ações e levou pouco perigo ao arco de Muralha.

Novamente a defesa mostrou firmeza e o meio de campo pouca criatividade resultando no isolamento dos atacantes Pablo e André Lima. O veterano Lucho González foi, outra vez, uma figura decorativa e o técnico Paulo Autuori demorou 65 minutos para substituí-lo. Pronto, foi o que bastou para o Furacão despertar, reagir e procurar o gol com obstinação. O jovem João Pedro ofereceu outra dinâmica ao time e a entrada de Lucas Fernandes no lugar do claudicante Nikão também ajudou. Mas ficou mesmo no empate sem gols.

Paulo Autuori foi, sem dúvida no meu enxergar, o artífice da campanha satisfatória e da conquista de um lugar no torneio mais importante do continente.

Ele teve a capacidade de reagrupar o elenco, definir posições e estabelecer conceitos táticos que deram resultado na maioria das partidas.

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O rendimento foi melhor na campanha do título estadual, pois o time contava com alguns jogadores de maior envergadura técnica, mas teve a capacidade de crescer em casa no Brasileiro e somar os pontos que o levaram ao sexto lugar.

Os pecadilhos de Paulo Autuori foram, como ontem, a insistência com Lucho González e Nikão, ambos visivelmente fora da melhor forma física e técnica.

Mas, no geral, ele conquistou a confiança de todos e chegou bem com um elenco rejuvenescido e de muito futuro.

Claro que para o torcedor ficou aquele gostinho de quero mais, pois se a diretoria tivesse investido no time, a campanha certamente seria muito melhor.

Agora, com a responsabilidade de tentar o bicampeonato estadual – algo que não consegue há 15 anos –, de fazer boa figura e passar para a fase de grupos da competição internacional aguardam-se os próximos passos do comando futebolístico atleticano.

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