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Há frases que definem caráteres e se transformam em legendas de uma época ou simplesmente propaganda de governo. Algumas entram para os anais da história, conservadas como estas do grande estadista inglês Winston Churchill durante a segunda grande guerra: "Só posso prometer ao povo sangue, suor e lágrimas", quando a ilha estava isolada; "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos", referindo-se aos heróis da força aérea britânica que destruíram a poderosa Luftwaffe.

No pós-guerra, durante a perseguição aos comunistas liderada pelo senador McCarthy nos Estados Unidos, foi lançado o slogan: "USA, love it or leave it" inspirador do nosso "Brasil, ame-o ou deixe-o" no período dos governos militares que impediram a ditadura de esquerda com modelo cubano.

Como, graças a Deus, nunca tivemos guerras, revoluções sangrentas, terremotos nem furacões e muito menos conflitos étnicos ou religiosos, nosso povo protesta como pode contra a maldita corrupção que inibe o desenvolvimento nacional. Conseguimos manter a esperança porque conhecemos nossos recursos físicos e o invejável potencial natural desta terra.

Mas a população anda cansada das bravatas, dos partidos de aluguel e dos políticos em geral, e ainda estão vivos em nossa memória coletiva os brados que se perderam no tempo: "Tudo pelo social", "Diretas-já!", "Nova República", "Plano Cruzado", "Constituinte", "Brasil Novo", o atual "Mais Médicos", etc. A verdade é que esgotamos nas últimas cinco décadas toda a capacidade de se entusiasmar que havia no coração do brasileiro.

Preparem-se para a enxurrada de campanhas motivacionais com a ilusão de que se pode construir, de imediato, o sonho de uma nação ética, justa e produtiva. O maior gancho dos marqueteiros será, sem duvida alguma, a festa da Copa do Mundo com a chance de a seleção brasileira conquistar o título de campeã.

Furacão na Vila

A torcida atleticana tem bons motivos para manter a euforia em torno do time que realiza a melhor campanha dos últimos anos, superando-se de um início aterrador para jogar por vaga na Libertadores.

A goleada sobre o Flamengo, no Maracanã, sintetizou a trajetória do Atlético neste campeonato: começou muito mal e terminou muito bem. Ou seja: sofreu dois gols em menos de 10 minutos revelando completa desatenção do sistema defensivo e, pouco a pouco, com garra, aplicação tática, boa técnica, ótimo preparo físico e excelente aproveitamento ofensivo alcançou a virada histórica que derrubou o treinador Mano Menezes. Relembrando o apodo de Bauer na Copa de 1950, o pequenino Everton foi, quinta feira, o "Monstro do Maracanã". Que espetacular atuação individual.

Hoje à noite o torcedor deverá incentivar o Furacão na Vila, pois a soma de pontos em casa será fundamental para os planos de classificação.

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