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Estava escrito nas estrelas que na hora do frigir dos ovos o governo iria bancar a festa da Copa do Mundo no Brasil. Por mais que os dirigentes e as autoridades esportivas tenham dito que os investimentos para a construção, conclusão ou reforma dos estádios viriam de parceiros privados, o Ministério do Esporte confirmou que a maior parte do custeio será garantido pelo governo, através do BNDEs, dos governos estaduais e, no caso de Brasília, do governo distrital – aquele da turma do dinheiro guardado nas meias.

A engenharia montada foi um pouco diferente para atender aos três estádios particulares selecionados pela Fifa para a Copa de 2014. Apenas o Internacional não utilizará recursos públicos, garantindo sozinho os R$ 130 milhões necessários para as obras de adequação do Beira-Rio.

O São Paulo fará uso de R$ 150 milhões do total de R$ 240 milhões estimados para adaptar o Morumbi para o jogo de abertura do torneio e o Atlético utilizará R$ 25 milhões para completar os R$ 184,5 mi­­lhões previstos para obras gerais em torno da Arena que serão bancadas pela prefeitura.

Claro que a prefeitura estará investindo em um negócio com retorno garantido para a cidade, o comércio e os serviços em geral, pois o governo federal participará do bolo para a ampliação do aeroporto Afonso Pena e de outras obras imprescindíveis.

Segundo a matriz de responsabilidade assinada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, e pelos governadores e prefeitos de cada sede, as obras devem começar no próximo mês e terminar no final de dezembro de 2012.

A expectativa local está por conta de saber se o Atlético ficará ou não impedido de realizar os seus jogos na Arena no período em que o estádio estiver em obras.

A nossa cidade é carente de bons estádios, tanto que o Coritiba terá de jogar em Paranaguá para não sobrecarregar o gramado da Vila Capanema enquanto o Alto da Glória continua interditado.

EFABULATIVO: O engenheiro Saul Raiz foi ótimo prefeito de Curitiba e gostava de futebol, sendo torcedor do Colorado na época, mantendo boas relações com o mundo esportivo.

Há 30 anos, a Equipe Positiva liderada por Lombardi Júnior e Capitão Hidalgo, brilhava nas transmissões de futebol na Rádio Clube Paranaense e conseguiu uma verba publicitária da prefeitura municipal.

Não era para fazer propaganda específica, mas apenas para falar das obras e, de vez em quando, lembrar do nome do prefeito que se preparava como candidato ao governo estadual. Foi colocado na pasta de textos, que girava durante a irradiação dos jogos, um lembrete e o narrador man­­dou ver:

- Ataca o Coritiba, Luís Freire ar­remata e a bola passa pela li­nha de fundo... Sempre que pu­­der, man­­de um abraço para o Saul Raiz!

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