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Conta-se que Thomas Edi­son – o inventor da luz elétrica e de tantas outras coisas importantes para a humanidade – estava, certa feita, numa festa e uma senhora, embebida nos melhores vapores alcoólicos, aproximou-se do gênio e sapecou à queima roupa a pergunta fulminante:

– O senhor pode me explicar qual é a utilidade de sua invenção?

Thomas Edison, calmo, respondeu com outra pergunta:

– A senhora pode me explicar qual é a utilidade de um recém-nascido ?

Este diálogo pode ter diversas interpretações e uma delas é a de que a luz elétrica tanto serve para iluminar ambientes quanto para provocar curto-circuito. E um recém-nascido tanto poderá ser um gênio da ciência quanto o pivete da esquina pronto para roubar o primeiro objeto de metal brilhante que lhe aparecer pela frente.

O destino da dupla Atletiba neste Campeonato Brasileiro é assim: imprevisível.

Atlético

O futuro do Atlético no campeonato é imprevisível porque não se sabe até que ponto a troca de comando técnico e o afastamento de alguns jogadores mudará a face da equipe.

É importante destacar que, pelo jeito, a diretoria resolveu fortalecer o supervisor de futebol, Ocimar Bolicenho, oferecendo-lhe condições para atuar efetivamente. Ou, por outra, em vez de contratar um profissional para a área e ficar tutelando as suas ações, os dirigentes abriraram o caminho para ele juntar-se a Antônio Lopes, Riva Carli, Leandro Niehues e outros na árdua tarefa de reconstrução do time.

De uma coisa, porém, todos deveriam concordar: tecnicamente o atual elenco do Atlético é fraco e reforços terão de ser contratados, para todos os setores, antes que seja tarde demais. Afirmar que o elenco possui qualidade é, no mí­­nimo, falta de bom senso.

Coritiba

A imprevisibilidade do time coxa-branca, que tem atrapalhado os planos da diretoria e desestimulado o torcedor, é a característica de um elenco tecnicamente desequilibrado.

E, no caso do Coritiba, é uma pena. Mais do que uma pena, um desperdício. Houvesse melhor critério na formação do grupo, a esta altura o Coxa estaria experimentando outro momento. Basta verificar o descompasso existente entre os bons jogadores e os de­­mais. Os bons, a meu ver, são os goleiros Vanderlei e Édson Bastos; o ala Márcio Gabriel; o zagueiro Cleiton; o volante Leandro Doni­zetti; os meias Carlinhos Paraíba e Pedro Ken e o atacante Marcelinho Paraíba.

Faltam outros quatro bons jogadores para a formação de um time que pudesse tornar realidade todos os sonhos de grandeza da diretoria e a da torcida no ano do Centenário.

Como não consegue se completar como time de competição, o Coritiba vem patinando na hora que precisa decolar. Foi assim no Campeonato Paranaense, na Copa do Brasil e continua no Campeo­nato Brasileiro.

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