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Impressionaram o choro compulsivo dos atletas brasileiros em Pequim. Os raros vencedores e os diversos perdedores não economizaram lágrimas nas mais variadas situações. Sinal de que todos têm sentimento, amor à pátria e vergonha na cara.

Exatamente o que falta à maioria dos governantes, políticos e dirigentes esportivos no Brasil.

Há 40 anos, entrevistei nos estúdios da antiga TV-Paraná Canal 6 o então ministro da Educação, Jarbas Passarinho.

Na época, o esporte estava vinculado àquele ministério e Jarbas Passarinho, um dos políticos mais expressivos no período dos governos militares, afirmou que o fracasso olímpico do Brasil nos Jogos do México 1968 seria compensado com o programa do governo para a conquista de muitas medalhas em Munique 1972.

Não é preciso dizer que pouco mudou até os dias de hoje. Basta conferir o quadro de medalhas para verificar o fiasco brasileiro em Pequim.

Enquanto a China, por exemplo, se desenvolveu como nação e como potência econômica, também deu atenção à juventude através de pesados investimentos no esporte, superando os imbatíveis Estados Unidos, o Brasil colheu resultados insignificantes.

O povo brasileiro parece conformado com os maus modos e convive com as mentiras e as promessas não cumpridas pelos políticos. São ilusões renovadas a cada novo período eleitoral em todos os setores da vida nacional.

O país continua com graves deficiências em todas as áreas. Porém, os intrépidos oportunistas não perdem a oportunidade de arrancar dinheiro público para projetos mirabolantes, como a Copa do Mundo de futebol ou os Jogos Olímpicos na turbulenta cidade do Rio de Janeiro.

Mas a verdadeira face do povo brasileiro ficou espelhada nas lágrimas dos jovens atletas que fracassaram em Pequim.

O mais grave é que não foi por falta de investimento ou de incentivo, já que o governo jorrou milhões de reais para o COB – Comitê Olímpico Brasileiro –, que repassou as verbas para as confederações, que patrocinaram esta campanha pífia a que assistimos.

Enquanto o COB não admite submeter-se a avaliação e ao controle do Ministério do Esporte, o poder nas confederações esportivas é disputado a tapa por cartolas, não raras vezes inescrupulosos, resultando no preparo deficiente dos atletas brasileiros por absoluta falta de condições estruturais.

Tristemente, parece que o Brasil só tem mesmo garantida a medalha de ouro em desvio de verbas públicas.

Rodada

Enquanto o Grêmio defende a liderança do campeonato no Recife, frente ao Náutico, a dupla Atletiba corre atrás de pontos para melhorar a posição.

O Atlético tentará sair do sufoco jogando com o Galo, no Mineirão, e o Coritiba terá uma partida de gala, com o São Paulo, no Alto da Glória. Se vencer o atual campeão, o Coxa dará um salto de qualidade na classificação.

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