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Com os estádios vazios e com pouco interesse do publico em geral prosseguem, desanimadamente, os campeonatos estaduais.

Trata-se de modelo anacrônico de um calendário que é mantido pela CBF exclusivamente por interesses políticos para manter vivas as federações estaduais que, dentro da moderna tecnologia de comunicação, controle de registros e administração em geral, tornaram-se dispensáveis. Mas como integram o colégio eleitoral com direito a voto para presidente da CBF, as federações sobrevivem contando para isso com a inexplicável conivência dos grandes clubes que, em última analise, são os maiores prejudicados pela obrigação de disputar os deficitários estaduais.

O racional seria a criação de um calendário efetivamente profissional com dois meses de pré-temporada para os clubes que disputariam o Brasileiro de março a novembro, com intervalos para os amistosos da seleção, jogos da Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. Tudo de maneira equilibrada, civilizada e sem sobrecarregar os atletas pelo excesso de partidas anuais provocadas exatamente pela existência dos tais campeonatos estaduais.

Já disse e repito: os estaduais deveriam ser uma autêntica festa do interior, com os times revivendo antigas rivalidades regionais e servindo como celeiro para a revelação de jogadores. Os pequenos clubes teriam, finalmente, a oportunidade de disputar um título, pois do jeito que se faz eles apenas atuam como coadjuvantes chegando a conquista da taça episodicamente e em condições excepcionais.

O prejuízo causado pelo modelo atual não é apenas de ordem econômica, mas também de ordem técnica. Basta verificar a queda técnica do futebol brasileiro nos últimos anos com a decadência da seleção que, apesar do cinco títulos mundiais, deixou de atemorizar os adversários e mantém-se em posição constrangedora no ranking da FIFA.

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