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Desfalcado de seus melhores jogadores – Manoel, Paulo Baier e Bruno Mi­­neiro – e sem que as imprescindíveis contratações de reforços tenham acontecido, só mesmo atleticanos fundamentalistas acreditavam na vitória.

Na verdade, o Atlético vem mantendo um modelo de jogo para fazer o torcedor sofrer e sair contrariado da Arena da Baixada.

O que se viu foi um time atrapalhado na etapa inicial, que se salvou graças à falta cobrada com perfeição por Netinho. Melhorou na etapa final em razão da garra dos jogadores, já que faltaram virtudes táticas e técnicas. O time apresentou furos na retaguarda, lentidão e falta de criatividade na meia-cancha e um ataque inofensivo.

O Guarani, melhor estruturado em sua estratégia e contando com alguns jogadores hábeis, soube controlar as ações e resistiu à desesperada pressão dos donos da casa.

Com dois pênaltis e poucas chances reais de gol, a partida terminou empatada como prêmio ao esforço físico de todos.

No plano técnico, entretanto, Atlético e Guarani precisam evoluir muito para não enfrentar problemas na sequência do campeonato.

Existem algumas equipes brasileiras bem acima da maioria e o bloco intermediário não vai dar espaço para aqueles que ainda estão em formação.

Estratégia

O empate acabou decepcionando o Coritiba tanto quanto o pequeno público que foi ao jogo em Joinville.

A partida se encaminhava bem para o time de Ney Franco, que abriu vantagem no escore, porém Rafinha colocou tudo a perder na infantilidade do biquinho de chuteira na tentativa de revidar o pisão do adversário não visto pelo árbitro. A expulsão dele transformou o panorama, injetando ânimo no adversário, que se superou, chegou ao empate e por pouco não virou o placar.

Mas o pior foi mesmo a bilheteria – pouco menos de 2.400 pagantes – já que fazia parte da estratégia da diretoria levar, pelo menos, o triplo dessa marca.

Como escrevi há alguns meses, continuo com a opinião de que o caminho melhor indicado para o cumprimento da pena imposta pelo STJD teria sido Ponta Grossa: mais perto de Curitiba, estrada menos movimentada e com capacidade de torcida local bem superior a Joinville.

Sempre que Coritiba e Atlético sagram-se campeões registram-se comemorações na Avenida Vicente Machado – a principal de Ponta Grossa –, sendo que, em 2009, houve tumulto porque uma multidão deslocou-se para a festa dos títulos conquistados no mesmo dia por Atlético, Flamengo e Corinthians. Felizmente, houve esportividade e todos festejaram em paz.

A diretoria do Coxa desconsiderou o potencial de torcida local e a maior possibilidade de mobilização dos seus associados até a cidade vizinha.

Quanto ao aumento da capacidade de Vila Oficinas, bastava a construção de mais quatro degraus em torno do campo, obra para ser concluída em 30 dias a custo baixo.

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