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O Atletiba é um jogo que, como todo grande clássico, apresenta muitas fa­­ces.

Começa pela intensa rivalidade entre as torcidas, passa pela tradição até chegar às circunstâncias do momento técnico das equipes.

Só que ele consegue aumentar o grau de expectativa no torcedor ao revestir-se daquela tensão que o distingue dos jogos comuns. Eis aí o mistério ou, se preferirem, o charme do clássico. É uma partida diferente que, por isso mesmo, merece ser chamada de clássico.

A mídia mostra retrospectos, apimenta o debate e as pessoas começam a sentir o clima por meio de brincadeiras, pequenas provocações, apostas ou simplesmente pela referência ao jogo nestes tempos em que o futebol foi banalizado pelo excesso de exibição na televisão. Ou, por outra: só quem é muito apaixonado consegue assistir tudo o que é oferecido so­­bre futebol o dia inteiro nos mais diversos canais. É uma overdose diária de futebol.

No próximo Atletiba verifica-se rigoroso equilíbrio técnico entre os times, mesmo com o Atlético desenvolvendo melhor campanha e acima na classificação. Mas, se fizermos um exame das formações indicadas pelos treinadores, concluiremos, sem dificuldades, que os times se equivalem.

Porém, o diferencial está vinculado à necessidade de o Cori­­tiba vencer. Ou seja, se alguém precisa de uma vitória domingo este é o Coritiba. Se não for bem su­­cedido, sofrerá o impacto da decepção de perder o Atletiba do centenário em casa e, consequen­­temente, agravará a sua situação no campeonato.

Ao contrário, o Atlético jogará com mais tranquilidade pelo fato de poder se contentar com o em­­pate ou assimilar a derrota com naturalidade.

Estas são as cartas colocadas na mesa para o Atletiba no Alto da Glória.

O desafio do Coxa é vencer para somar os três pontos, afastar-se do rebaixamento e evitar nova frustração da torcida, que vive a emoção criada em torno das comemorações do centenário, sem resposta positiva dentro de campo.Trabalho

Não tem sido fácil a vida para o time do Paraná e, obviamente, muito menos para os treinadores que passaram pela Vila Capa­­nema.

Roberto Cavalo, entretanto, tem conseguido mostrar um no­­vo caminho à equipe e isso pode ser observado na convincente vitória sobre o Guarani, anteontem.

Jogando com aplicação tática e uma disposição acima do normal, o que aponta para o desejo de os jogadores acertarem o passo e devolverem a confiança na alma do torcedor, o Paraná bateu o Gua­­rani, que é uma das melhores equipes do campeonato.

Ganhou por 2 a 0, mas poderia ter sido de mais pelo volume de jogo apresentado e, sobretudo, pelas oportunidades perdidas ou evitadas pela perícia do goleiro Douglas.

O trabalho de Roberto Cavalo e a vontade dos jogadores tricolores devem ser ressaltadas, agora que o time começa a respirar um pouco mais aliviado.

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