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Se a conquista do primeiro título brasileiro foi com a torcida coxa-branca em minoria, no Maracanã, diante do apoio recebido dos grandes times cariocas pelo Bangu, hoje o Coritiba terá a oportunidade de comemorar no Alto da Glória.

Não será tarefa fácil. Antes, pelo contrário, o time coxa-branca terá de jogar como nunca e reverter a dianteira adquirida pelo Vasco no primeiro confronto.

Certamente o time carioca virá para jogar dentro da mesma característica revelada na partida de São Januário: todo cuidado para não sofrer nenhum gol e, dentro do possível, tentar a marcação de pelo menos um. O Vasco foi muito feliz, já que durante o curto período em que se mostrou superior ao adversário conseguiu chegar ao gol em cabeçada de Alecsandro, na única falha defensiva do Coxa.

Mas, pelo volume de jogo das equipes e pelas circunstâncias gerais do encontro, o empate teria sido o resultado mais justo.

Diante desta realidade não há como ignorar a vantagem do Vasco, que aumentará sensivelmente a cada gol assinalado fora de casa. Caberá ao Coritiba, consequentemente, tomar a iniciativa do jogo na busca do gol ao mesmo tempo em que terá de manter cuidados defensivos para evitar o gol com peso ponderável do adversário. Esses ingredientes nos remetem, inexoravelmente, a uma disputa acirrada, equilibrada e emocionante.

Ao contrário das últimas finais de Copa do Brasil (Corin­­thians x Internacional e Santos x Vitória), quando os representantes paulistas chegaram com favoritismo que se confirmou durante os duelos travados em jogos memoráveis, esta final reveste-se de grande equilíbrio, mesmo com a bem-sucedida largada cruzmaltina no primeiro confronto.

As duas equipes se equivalem e atuam praticamente dentro do mesmo modelo tático, com leve superioridade coritibana no setor defensivo, tanto no procedimento de marcação quanto nas saídas dos alas no apoio às tramas do ataque. O zagueiro Dedé é a única andorinha na grande área do Vasco, enquanto o sistema de retaguarda do Coritiba mostra-se mais compacto.

Do meio para frente eles se apresentam no mesmo nível, tanto na pegada do primeiro combate pelo meio de campo quanto na organização ofensiva na busca do gol. Mesmo no plano individual do meio para frente, onde o técnico Ricardo Gomes conta com jogadores muito experientes, alguns com passagens pela seleção brasileira e cabeças coroadas do nosso futebol, a formação de ataque do técnico Marcelo Oliveira tem se mostrado muito eficiente. Não foi à toa que o Palmeiras e o próprio Vasco, no confronto dos times reservas, levaram sovas antológicas no Alto da Glória.

Apertem os cintos, pois hoje será uma noite daquelas. Uma noite de campeão.

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