Assim como Bonamigo testou uma dúzia de atacantes no calvário do ano passado, Macuglia não economiza na busca do ataque ideal.

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Ele ainda não está convencido da melhor dupla. No jogo de hoje vai de Keirrison e Gustavo. O garoto revelação tem a simpatia popular, pois a torcida adota o chamado prata-da-casa como a encarnação dos seus sentimentos pelo clube, mas Gustavo terá de provar o seu valor.

Aliás, esses jogadores que chegaram terão a oportunidade de recomeçar no Coritiba, depois de terem perdido o espaço no Internacional.

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Mas a escolha do melhor ataque é tão elementar quanto a necessidade de o time aproveitar a oportunidade de somar mais três pontos em casa. Pela irregularidade nas partidas fora, torna-se fundamental o triunfo dentro do Alto da Glória.

Sem criação

A saída de Marcão até que poderá não ser sentida, mas a falta de imaginação do meio-de-campo certamente continuará tirando o sono da torcida e atrapalhando os planos do Atlético.

De nada adianta contar com atacantes do calibre de Alex Mineiro, Ferreira, Dênis Marques ou Pedro Oldoni se os armadores não acertam o passe. E sem passe, como se sabe, não existe jogada no futebol.

Alan Bahia e Erandir, esforçados, mas tecnicamente limitados, e Evandro, tecnicamente qualificado, mas dispersivo, são os responsáveis pela criação de jogadas. Ali começa e termina todo o drama do time de Vadão.

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Graças aos passes errados, aos gols perdidos e as bolas aéreas o Atlético tem pagado vale para Adap, Volta Redonda, Pachuca, Paranavaí, Paraná, Fluminense, Santos e outros dentro da Arena da Baixada.

Por enquanto o clamor da torcida tem sido inútil, já que a diretoria não se mexe no investimento em jogadores de maior envergadura técnica para a defesa e o meio-de-campo. Assim, o Furacão vai, modestamente, de Netinho, Tiago, Edno e outras esperanças.

Jogão na Vila

O São Paulo não atravessa bom momento técnico, mas ainda assim merece todo cuidado do líder Paraná. Teremos um jogão na Vila Capanema.

Será a primeira experiência de Pintado, comandando a equipe entre o campo de jogo e o bafo na nuca da "turma do amendoim", e ele já escalou Neguette para tentar parar Aloísio.

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Aliás, o Paraná enfrentará o ex-ataque atleticano: Aloísio e Dagoberto.

Mas Pintado e todos os jogadores tricolores sabem que o principal será a marcação, inspirando-se em suas próprias experiências e, aproveitando o exemplo da semana, no Grêmio que foi absolutamente implacável no encurtamento de espaços para o Santos.

Se domingo, na Arena, o Santos teve todo campo do mundo para tocar a bola em cima do Atlético, quarta feira, no Olímpico, enfrentou pau, pedra e o fim do caminho: 2 a 0 saiu barato para Luxemburgo e sua troupe.