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Após a conquista do título da Libertadores pelo Galo e a disparada do Cruzeiro na liderança do Brasileiro, as principais mesas de debates esportivos das redes nacionais de televisão começam a prestar atenção nos acontecimentos que indicam novos tempos no horizonte do futebol.

Antes, é importante lembrar que a dupla mineira flertou com a zona de rebaixamento nas últimas temporadas, quando se obrigou a jogar fora de Belo Horizonte com o Mineirão e o Independência em obras. O mesmo se aplica ao Internacional, que adotou o estádio de Novo Hamburgo – enfrenta o Atlético lá, amanhã, pela Copa do Brasil – onde só venceu dois jogos, empatou quatro e perdeu dois.

O Palmeiras também pagou o preço pela construção do seu novo Parque e foi rebaixado, enquanto o Furacão conseguiu a façanha de subir jogando em estádios alugados.

Isso deve ser levado em conta nas avaliações futuras, pois os times proprietários de arenas padrão Fifa terão maiores recursos financeiros para investir em jogadores, enquanto que os times que pagam para jogar no Maracanã, por exemplo, dividirão o bolo com as empresas concessionárias.

Os donos das novas praças poderão exercitar o que o São Paulo praticou durante décadas com o gigantismo do Morumbi, arrecadando em jogos, espetáculos e cultos religiosos.

As fontes de renda são inúmeras, com destaque à possibilidade de ampliação do programa sócio-torcedor, shows, lojas, áreas de alimentação e parques de estacionamento. Além, é claro, do grande faturamento com placas, anunciantes máster e a novidade "naming rights". Novidade por aqui, pois nos Estados Unidos e Europa essa plataforma de marketing é utilizada há muitos anos. O aporte, feito geralmente a longo prazo e com cifras bem significativas, é uma forma de as empresas criarem identificação com os modernos estádios do esporte mais popular do país e, consequentemente, com a torcida do clube.

O Atlético foi o clube brasileiro pioneiro com a celebração de contrato para a colocação do nome da empresa global Kyocera na antiga Arena.

Tecnicamente o atual campeonato chama a atenção dos analistas com abrangência nacional pelo fato de apenas o Botafogo, entre os tradicionais bichos-papões do badaladíssimo eixo Rio-São Paulo, figurar entre os seis primeiros colocados. Tem mais cabeças coroadas preocupadas com o fantasma do rebaixamento – Fluminense, São Paulo, Flamengo e Vasco – do que com a parte de cima da tabela.

O Cruzeiro mantém significativa diferença de 8 pontos sobre o segundo colocado, o Botafogo, que, por sua vez, vê a posição ameaçada pelo ascendente Furacão, que disputa palmo a palmo com o Grêmio a terceira vaga garantida para a Libertadores. A quarta, como se sabe, depende do resultado final da Sul-Americana.

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