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O Coritiba nem bem iniciou o ano e começou a experimentar os primeiros dramas. Dentro e fora de campo.

Fora, por conta do movimento oposicionista que deseja o afastamento do atual presidente e, este, por sua vez, tenta recolocar o Coxa na Primeira Divisão.

Se na política o presidente Giovanni Gionédis tem mostrado habilidade e até mesmo dado uma canseira na oposição nas escaramuças judiciais, no futebol não se pode dizer o mesmo.

Pouco conhecedor da matéria que, ao contrário de tantas outras atividades, exige habilidade, prática e inspiração, Gionédis cometeu equívocos, sobretudo, na escolha do técnico que substituiu Paulo Bonamigo.

Não cabe julgar a breve passagem de Gilberto Pereira pelo Alto da Glória, mas compete confirmar a suspeita de que ele dificilmente daria certo como é pouco provável que o novo escolhido consiga sucesso de imediato.

O jogo de futebol tem características muito peculiares e a principal delas é que às vezes o time perde. E existem times que, de grandes vencedores, transformaram-se em contumazes perdedores. Este, lamentavelmente, é o caso do Coritiba ultimamente.

E, dentro das derrotas, existem quatro formatos diferentes: a derrota doce, quando o time está na liderança e com gordura para queimar, sem que sejam prejudicados os seus planos de conquista; a derrota boba, quando se joga bem e em um lance fortuito, como gol contra, por exemplo, acaba entregando os três pontos ao adversário; a derrota inoportuna, como esta da abertura do campeonato para o Rio Branco quando a nova equipe era apresentada ao torcedor; e a derrota humilhante, como aquela contra o Atlético Mineiro quando o Coritiba chegou a fazer 2 a 0 no placar e sofreu a virada no pior momento da sua passagem pelo Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.

O mais grave para o Coritiba é que os seus maus resultados são potencializados pela latente crise política. Por vias transversas o embate político acaba minando as resistências do futebol e repercutindo através das mais diversas manifestações nas arquibancadas.

Com muita gente inexperiente dando palpite no futebol do clube, surge natural que as coisas fiquem mais difíceis, pois o recomendável é que poucos interfiram no time para que se reduza o máximo possível a margem de erros.

E o Coxa volta a campo, logo mais, para enfrentar o Cianorte, um bom representante do nosso interior.

A esperança é de que o novo diretor, João Carlos Vialle, mesmo afastado há anos das atividades futebolísticas, consiga isolar os profissionais no centro de treinamentos para que as coisas comecem a entrar em cadencia mais harmoniosa e compatível com as elevadas responsabilidades do clube. Sem esquecer, é claro, de melhorar o padrão técnico dos jogadores a serem contratados.

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