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As excentricidades bem que merecem um ensaio competente, puxado a antropologia, psicologia, sociologia e marketing. É um desafio que cai sobre os analistas do futebol.

Resta-nos tentar decifrar o enigma representado pela contratação do ex-craque alemão e técnico em começo de carreira Lothar Matthäus como novo comandante do time atleticano.

A excentricidade vai se tornando uma marca da diretoria do Atlético nos últimos anos. Essa impressão foi sendo passada através da contratação de alguns profissionais como Gílson Nunes, Heriberto da Cunha, Casemiro Mior e outros menos votados, mas nada se iguala a esse ousado lance de trazer Matthäus, uma legenda do futebol europeu, para trabalhar nos trópicos.

Ele chega com pompa e circunstância, como convém a um personagem tão ilustre no futebol mundial. Terá de se apresentar a altura do prestígio adquirido com arte e talento no campo de jogo.

Ele chega com o sonho de firmar-se no contexto internacional como técnico vitorioso da nova geração. Terá de impor a sua liderança, contar com a inestimável colaboração de bons intérpretes, conseguir uma rápida adaptação às condições de vida e de trabalho no país, já que o seu novo time está em atividade, e mostrar as suas qualificações como organizador de time, estrategista, bom observador de jogadores e, sobretudo, dos acontecimentos durante uma partida para interferir, positivamente, na atuação de sua equipe.

Ele chega como uma atração a mais no já badalado Furacão que, por seu esforço e capacidade, revelou craques, conquistou títulos e ganhou importante espaço na mídia nacional e, cada vez mais, na mídia internacional. Na condição de vice-campeão continental e atual campeão estadual, o Atlético tem muitas responsabilidades e Matthäus passa a ser uma peça importante na engrenagem montada pela sua diretoria.

O enigma só será decifrado com o passar dos tempos, ou dos jogos, se preferirem.

A rodada

A dupla Atletiba voltou a decepcionar e marcou passo no campeonato.

O Coritiba poderia ter alcançado a vitória depois de uma partida na qual foi superior, mas cedeu o empate no final, demonstrando que muita coisa ainda precisa ser feita para estabilizar o time.

O Atlético arrastou-se em São José dos Pinhais, tentando garantir uma vitória apertada, após o gol de pênalti marcado por Alan Bahia, mas foi surpreendido no final pelo time de Joel Malucelli.

Quem se deu bem foi o Paraná que, além de ter alcançado ampla reabilitação, quebrou a invencibilidade do Adap, em Campo Mourão.

Sinal de que Barbieri está no caminho certo, mesmo com uma equipe modesta mas muito determinada.

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