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Aos poucos vamos descobrindo o estilo de trabalho do técnico Lothar Matthäus, a maior novidade do futebol brasileiro neste início de temporada.

Historicamente o futebol paranaense demorou para investir na contratação de grandes técnicos e, mesmo assim, essa pratica representou quase uma reserva de mercado do Coritiba.

Como dirigente mais avançado no seu tempo, o presidente Evangelino Neves sempre apostou na contratação de treinadores experientes e renomados. Além, é claro, de contratar melhores jogadores que os concorrentes. Por isso ganhou 11 títulos estaduais e um título de campeão brasileiro.

Com essa filosofia, desfilaram pelo Alto da Glória alguns dos mais famosos técnicos do país, como Elba de Pádua Lima (o célebre Tim), Aymoré Moreira, Dino Sani, Armando Renganeschi, Yustrich, Jorge Vieira, Oswaldo Brandão e Ênio Andrade, que levou o time a conquista do seu título mais importante.

Na mesma época, apenas Carlos Froner destacou-se no Ferroviário e Alfredo Ramos no Atlético. Mais tarde, o Furacão começou a contar com profissionais de maior envergadura, tais como Otacílio Gonçalves, Nelsinho Baptista, Zé Duarte, Pepe, Leão, Antônio Lopes e Geninho, que se consagrou campeão brasileiro.

O Paraná, sucessor do Ferroviário, desfilou interessante lista de técnicos, com destaque a Rubens Minelli, Otacílio Gonçalves, Vanderlei Luxemburgo e Antônio Lopes.

Dentre os treinadores paranaenses, Geraldo Damasceno (o Geraldino) foi aquele que mais títulos conquistou, mas Hélio Alves, Borba Filho, Lori Sandri e, sobretudo, Levir Culpi se destacaram. Levir poderia ter se consagrado como bicampeão brasileiro pelo Atlético, mas foi infeliz na reta de chegada, quando a equipe entregou o título de bandeja para o Santos.

E aí está o alemão Matthäus escrevendo um novo capítulo na história do Furacão. Ele já mostrou, em pouco tempo de atuação, que pode contribuir para a transformação de métodos, sistemas e planejamento não só dentro do Atlético, mas daqueles que estiverem atentos a sua fórmula inovadora de trabalhar.

Disciplinado como todo germânico e exigente como todo europeu, ele mostrou aos jogadores o seu modo direto de agir, exigindo dedicação integral, muitos treinos táticos, revezamento de goleiros até se convencer qual é o melhor e a implantação de novo ritmo de treinamentos, inclusive em dia de jogo.

Pode ser que alguns demorem a compreender a metodologia do treinador, marcada por uma conceituação diferenciada do que estamos acostumados a ver, mas ela poderá apresentar resultados satisfatórios desde que o elenco seja reforçado com a contratação de, pelo menos, um artilheiro e os jogadores respondam em campo.

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